Trabalhadores lotam Câmara Municipal para mostrar importância das maternidades públicas da Capital

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A crise nas maternidades públicas foi tema de audiência pública na Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Com auditório lotado de trabalhadores e usuários de saúde, representantes do governo estadual, da prefeitura, conselheiros de saúde e o Sind-Saúde/MG debateram os problemas principalmente da Maternidade do Hospital Júlia Kubitschek e da Maternidade Odete Valadares (MOV), todas da rede Fhemig. A diminuição de leitos e os riscos de fechamento das maternidades não foram falados.

O presidente da Fhemig, Antonio Carlos Martins, afirmou que por uma questão logística a maternidade do HJK foi a primeira a receber ações contra a crise. Ele disse novamente que o maior problema da maternidade são a falta de médicos pediatras e mostrou as soluções encaminhadas até o momento como a chamada imediata de 9 pediatras aprovados como excedentes no último concurso, o processo seletivo iniciado, o aumento do valor do plantão estratégico para os médicos.

Sobre a MOV, Antonio Carlos afirmou que mesmo com a crise do ano passado, a maternidade aumenta o número de partos a cada ano. Segundo ele, em 2011 foram 4.250 partos.

O Sind-Saúde/MG cobrou do governo Anastasia uma política de saúde e de recursos humanos que seja capaz de salvar as maternidades. “Nossa presença aqui é um recado para o governador de que nós não aceitamos qualquer coisa” disse a diretora do Sindicato, Lúcia Barcelos. Ela também criticou a busca de soluções apenas para o profissional médico.

“Salário ruim e condições pessimas de trabalho não segura nem médico nem nenhum trabalhador. O profissional da área assistencial que passa no concurso toma posse e logo depois vai embora. Por isso não pode ser só o médico, a saúde é multidisciplinar” enfatizou.

Estavam presentes na mesa de debate além do presidente da Fhemig e da diretora do SInd-Saúde, o diretor do Sofia Feldman, Ivo de Oliveira Lopes, o diretor do HJK, Henrique Timo Luz, a diretora da MOV, Terezinha Aparecida Finamore, a secretária municipal adjunta de saúde, Susana Rates, o presidente do Conselho da Maternidade Odete Valadares, Roberto Santos e o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Cleber das Dores Jesus.

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