Mexeu com a classe trabalhadora, mexeu comigo!

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     *Por Reginaldo Tomaz, diretor do Sind-Saúde/MG e da CUT Minas

  

Deixar que o movimento dos trabalhadores (as) da educação sofra uma derrota é deixar de vez que o choque de gestão tucano paute a agenda negativa derrotada pelo povo na disputa pelo governo federal

 

Aos companheiros (as) que acessam as redes sociais quero deixar aqui uma pequena observação sobre a atual conjuntura pela qual estamos passando no movimento sindical em Minas Gerais.

As várias greves e movimentos reivindicatórios dos trabalhadores (as), mais precisamente do serviço público, têm sido alvo de uma ação repressiva que, ao que me lembre, somente nos chamados anos de chumbo aconteciam. Foi assim com a greve dos eletricitários, com a greve da saúde no Estado e no município, com o movimento reivindicatório dos sem-casa e sem-teto dos acampamentos Dandara e Irmã Dorothy, e agora, uma repressão mais covarde e violenta contra a greve dos trabalhadores (as) do ramo da educação.

Além disso, a exemplo dos latifundiários, aqui na cidade reativaram a prática do “interdito proibitório”, mais precisamente nas portas das fábricas, que tenta impedir entre outras coisas que os dirigentes sindicais levem os tradicionais boletins informativos às portas das empresas para os trabalhadores(as).

A resistência d@s trabalhador@s da educação, eu defendo que tem que servir de exemplo para outras categorias de que, só com luta, perseverança e união é que a classe trabalhadora conseguira avançar nas conquistas.

Já fui mais radical na maneira que acredito poderá mudar de vez a estrutura excludente do povo. Continuo, porém, pragmático por pensar que só uma revolução social poderá nos dar a igualdade entre os povos que tanto lutamos. Companheiros (as) que alcançam o poder em qualquer esfera (municipal, estadual ou federal) podem e serão sempre aliados, mas isso só não basta. Acredito que a resistência da classe trabalhadora, sem preconceito dos símbolos (estrela, foice e martelo ou mesmo uma bandeira vermelha com o nome em letras amarelas), é o determinante na organização da classe operária: resistir, resistir e resistir!

Deixar que o movimento dos trabalhadores (as) da educação sofra uma derrota é deixar de vez que o choque de gestão tucano paute a agenda negativa derrotada pelo povo na disputa pelo governo federal.

Conclamo a todos e todas a repetir sempre: Mexeu com o professor, com o funcionário público, com os metalúrgicos, com os trabalhadores dos Correios, com bancários, eletricitários, urbanitários, rurais, sem-terra, sem-teto ……

Mexeu com a classe de trabalhadores (as), mexeu comigo!