Corte de pontos agride liberdade sindical e será debatido na ALMG

Depois de descumprir o termo de acordo de greve que prevê a não punição dos grevistas, o governo está sendo convocado a comparecer na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da ALMG. A audiência acontece no dia 23 de agosto e deve questionar as medidas antissindicais tomadas pelo governo na gestão da Fhemig. A punição aos trabalhadores é uma clara tentativa de intimidar a entidade sindical para o início da campanha por reajuste salarial que de fato começará em setembro, momento que será apresentado pelo governo os índices da política remuneratória.

A forma truculenta e desrespeitosa que o governo agiu com os trabalhadores está na contramão do acordo assinado para o fim da greve. Sem o menor critério, muitos trabalhadores tiveram os dias parados descontados. O escândalo é tão grande que alguns trabalhadores estavam de licença médica e tiveram o corte efetuado. Mesmo quem fazia parte da escala mínima e cumpriu o dia de trabalho teve descontos irregulares. Alguns trabalhadores tiveram o contracheque zerado e outros tiveram descontos superiores à mil reais (veja contracheque abaixo)

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Avaliação de desempenho

De maneira ilegal, a Fhemig está ameaçando os trabalhadores em avaliar negativamente o servidor por ter aderido à greve. O Sind-Saúde informa aos trabalhadores que a greve jamais poderá ser utilizada na avaliação de desempenho.

Demissões

Outra arbitrariedade cometida durante a greve que será debatida na ALMG são os casos de demissões. Feito de forma irregular, descumprindo a lei do contrato e tentando responsabilizar a greve, o governo agora deverá esclarecer legalmente os atos irresponsáveis.

Estágio Probatório

O Sind-Saúde também recebeu denuncias de ameaças contra os trabalhadores em estágio probatório. É importante ter claro que esses servidores têm assegurado o direito de participar de greve, assim como todos os direitos previstos aos demais servidores.

Reposição

O Sindicato aproveita o momento para esclarecer que a reposição dos dias parados deve ser ACORDADA com o trabalhador e não deve ser estipulado tempo para pagar os dias. O Sind-Saúde está reunindo as denúncias de chefias que estão praticando assédio moral com os trabalhadores para reposição dos dias parados.

A gestão da Fhemig busca calar a entidade sindical combativa que representa os trabalhadores. O Sind-Saúde será irredutível na luta pela liberdade de manifestação e não aceita essa forma covarde de sufocar a luta dos trabalhadores.

Esse foi o princípio que norteou o Sindicato também quando não aceitou a primeira proposta do governo que, entre outros atrasos, proibia os trabalhadores de manifestar contra o governo até o final de 2014.

Posturas antidemocráticas que remetem há tempos sombrios do País deveriam ser rechaçados por todos. Infelizmente isso não ocorre na Fhemig.

 

 

IMPORTANTE: O Sind-Saúde/MG orienta os trabalhadores à acordar os dias de reposição para depois da audiência pública.

 

Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos

Data: 23 de agosto (quinta-feira)

Horário: 14h30

Local: ALMG

 

 

Em breve, publicaremos informações sobre os pontos da SES e da ESP. Acompanhe!