Gestão de Corinto afirma que tem previsão orçamentária para reajuste

Em reunião com o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), representantes da prefeitura de Corinto informaram que consultaram ao setor de contabilidade e que foi avaliado que existe previsão orçamentária para revisão salarial dos trabalhadores. A direção do Sindicato reivindicou que o percentual seja maior que o salário mínimo. A entidade sindicato esteve na cidade para discutir o piso salarial da enfermagem, a atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate à Endemias (ACE).

A reunião entre a gestão e o Sind-Saúde aconteceu na manhã desta quinta-feira (13/10). reunião entre representantes da gestão de Corinto, a Secretária de Saúde Iolanda Auxiliadora da Silva Castro, Secretário de Administração Flavio Henrique Santos Almeida, chefe de gabinete Deivison Eduardo Souza Fernandes, procurador municipal Thiago Henrique Silva Alves e a direção do Sind-saúde MG Evaldo Lopes e Lionete Pires e a trabalhadora Vanessa Da Costa Alonso do Carmo.

Em relação ao piso salarial da enfermagem, o Sindicato defende que a prefeitura pode avançar na discussão para que se implante os novos valores a partir de janeiro de 2023. Os salários dos profissionais de enfermagem de Corinto estão altamente defasados, uma média de R$1,121,00 que representa a desvalorização e o desrespeito a qualificação técnica desses trabalhadores, essenciais na promoção, prevenção e cuidados para a recuperação da saúde dos usuários. “A pandemia demonstrou para o mundo as péssimas condições de trabalho, a fragilidade dos vínculos e a sobrecarga de trabalho. A enfermagem fica à beira do leito diuturnamente prestando cuidados no CTI, enfermarias, além de atuar em salas de vacinas, curativo e outros.


Reafirmamos que não dá mais para continuar pagando para os profissionais péssimos salários. E que não dá mais escolher reajustar salários de alguns deixando os demais desvalorizados”, pontuaram os sindicalistas.

A gestão afirmou que irá aguardar a decisão sobre a suspensão da Lei 14.434, proferida pelo Ministro Barroso e a aprovação de fontes de recursos para pagar o piso. A direção do Sindicato contrapôs argumentando que é chegada a hora de valorizar estes trabalhadores que estão abandonados há muito tempo e que com a retirada do pagamento dos ACS e ACS da folha, conforme ECA 120, o gestor municipal terá diminuição no limite prudencial, aumento assim a possibilidade de reajustes salariais. “Pontuamos também a necessidade de se fazer previsão orçamentária para o próximo ano, para garantir recursos para o reajuste. É importante que os vereadores fiquem atentos e contribuam propondo junto ao executivo essa valorização dos profissionais e  inclusive devolvendo sobras de recursos destinados a casa legislativa”, sinaliza Lionete Pires.

Sobre os ACS, a gestão disse que tem recebido queixas de usuários com relação a atuação dos trabalhadores. O Sindicato informou que a própria lei 11.350 define critérios para o acompanhamento do trabalho e que insuficiência de desempenho é motivo para que os ACE e ACS tenham que responder, por isso, a entidade sindical orienta aos trabalhadores atenção às suas atribuições, assiduidade e eficiência.