Dia Internacional da Mulher

Manifestantes vão às ruas com ato e marcha na Feira de Artesanato no Dia Internacional da Mulher

manifestação mulheres

Ato com concentração na Praça Afonso Arinos, em frente à Faculdade de Direito da UFMG, e marcha pela Feira de Artesanato (Feira Hippie) da avenida Afonso Pena, organizados pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), outras centrais, movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos, marcaram no domingo (8) o Dia Internacional da Mulher em Belo Horizonte. Falas, faixas, cartazes, muita batucada e muita música potencializaram o diálogo com a população.

Durante a manifestação, foram apresentadas as pautas femininas, como paridade de gênero, com a equiparação de salário entre homens e mulheres, mais creches e escolas em tempo integral para nossos os filhos e as filhas das trabalhadoras.  Além de políticas públicas que combatam a violência contra a mulher e promovam sua emancipação, direito ao aborto e participação política que represente a importância das mulheres, entre outras reivindicações.

“A CUT parabeniza a todas as mulheres em um dia que simboliza as lutas de todas,  no passado e no presente, e mostra a disposição de luta pelas pautas femininas. Vamos continuar em marcha contra o preconceito, contra a violência, contra o machismo, contra o assédio sexual, contra as estruturas opressoras, contra o patriarcado, pela igualdade e a paridade no mercado de trabalho, no movimento sindical, na política. Estamos em marcha na defesa de uma reforma política que amplie participação feminina na política, nas assembleias, nas câmaras, no Congresso, que signifique a importância das mulheres no Brasil. Por mais mulheres nos postos de comando, pela igualdade de salários e de oportunidades, por autonomia, para todas sejamos realmente livres”, afirmou Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.

Durante a marcha pela Feira de Artesanato, as distribuíram panfletos sobre as lutas das mulheres, levaram faixas, cantaram e promoveram intervenções artísticas, chamando a atenção de quem passava pela região central. De acordo com Larissa Costa, integrante da Marcha Mundial das Mulheres, o debate envolveu a sociedade com os diversos temas da luta pelos direitos das mulheres. Eles debateram a desigualdade no mercado de trabalho, a autonomia sobre o corpo e a violência. Outro tema que marcou a manifestação foi a reforma política, que daria mais espaço à mulher no poder público. “Temos um congresso conservador, o que significa que as pautas das mulheres vão ser tratadas em outra perspectiva, então precisamos falar sobre a necessidade de mudar o sistema política para ampliar a participação das mulheres”, afirmou.

Integrante da União da Juventude Socialista Luiza Lafeta foi uma das manifestantes que participaram do ato. Ela afirma que essa é uma forma de dar um recado à sociedade sobre a necessidade de emancipação e empoderamento da mulher. Ela também ressaltou a importância da participação dos homens nessa luta. “Queremos ganhar mais gente para essa briga, então os homens também estão ombro a ombro nessa luta com a gente”, disse.