Salário dos trabalhadores da saúde de Vespasiano é o pior entre cidades da Região Metropolitana de BH

Fato absurdo e perturbador que o Sind-Saúde/Mg tanto cobra e denuncia, é a grande desvalorização salarial dos profissionais da saúde de Vespasiano. Em maio de 2021 o Sind-Saúde/Mg solicitou ao Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômico (Dieese) que fosse feito um comparativo dos salários dos trabalhadores da saúde na região metropolitana de Belo Horizonte, onde foi apontado que Vespasiano está na última colocação em todos os cargos pesquisados, ou seja, paga-se os piores
salários em todos os cargos da categoria.

A diferença salarial dos auxiliares de enfermagem, por exemplo, pode chegar a 22% para a mesma jornada de trabalho. Já no caso dos enfermeiros, o profissional ganha em Vespasiano R$1.601,26 de vencimento inicial para 36 horas semanais (R$8,09 por hora
trabalhada), mas se ele andar cerca de 20km e trabalhar na cidade de Pedro Leopoldo, o salário inicial para o cargo é de R$5.039,59 para 40 horas semanais (R$25,20 por hora trabalhada). O mesmo acontece com o cargo de psicólogo. Se o profissional trabalha em Vespasiano recebe menos da metade de um psicólogo de que ingressa em Contagem. Em Vespasiano, o vencimento mensal do psicólogo com carga horária de 24 horas é de R$1.067,51 (R$8,90 vencimento/hora). Já em Contagem, por 20 horas semanais, o psicólogo tem o vencimento inicial de R$2.444,42 (R$24,44 vencimento/hora). 

Enquanto isso, em Vespasiano, a prefeita, o vice-prefeito e os vereadores ajustaram em 10% os próprios salários, após projeto enviado para a Câmara municipal dia 4 de fevereiro. Ao passo que o salário da prefeita e seu vice chegam a 19 mil e dos vereadores R$12.900. Os trabalhadores da saúde continuam abandonados, desvalorizados e mal pagos. É uma vergonha que a categoria esteja sem reajuste desde 2017 e as gestões não se importem com isso. Entra prefeito e sai prefeito e os servidores da saúde continuam na mesma situação.

Desde o início do mandato da prefeita Ilce Rocha, o Sind-Saúde tem cobrado reuniões de negociação para discutir a recomposição e o aumento real do salário dos trabalhadores da saúde, no entanto, a prefeita e sua equipe alegam nunca ter agenda para esse tipo de
conversa e, ainda justifica falta de dinheiro, mesmo tendo recebido em dezembro de 2021, 2 milhões de reais do Governo do Estado.