Governo de Minas encaminha PL de reajuste com apenas 1/3 da inflação

Na próxima quinta-feira (2/5), o Governo de Minas enviará à Assembleia Legislativa de Minas Gerais um Projeto de Lei (PL) que contempla um reajuste geral de apenas 3,62% nos salários de todos os servidores. (Veja aqui)

Segundo o governo, a medida irá beneficiar servidores ativos, inativos e pensionistas da administração direta, fundacionais e autárquicas do Estado. O projeto prevê que a recomposição salarial seja retroativa a janeiro de 2024.

No entanto, é importante ressaltar que esse valor proposto representa apenas 1/3 da inflação registrada durante o período correspondente. De acordo com os dados, o índice que calcula a inflação encerrou 2022 em 5,79% e 2023 em 4,62%, resultando em um acumulado de 10,67% no período mencionado. No mesmo período (2022 e 2023), a RCL (Receita Corrente Líquida) subiu 11,53%.

O governo argumenta que a proposta tem o objetivo de expandir a capacidade de atendimento da rede, modernizar e otimizar a prestação de serviços. Porém, na realidade, o reajuste penaliza todas as categorias do funcionalismo.

Em mais uma cartada o governador Romeu Zema, mostra suas garras contra o funcionalismo público de Minas Gerais, pois o aumento repentino proposto é mais uma maldade, uma vez que será imposto aos servidores que não tem sequer a recomposição das perdas inflacionárias, que está acumulada há sete anos, chegando a 41,6% de defasagem.

Essa proposta se soma a uma série de medidas que vêm sendo adotadas pelo governo estadual, as quais têm impactado negativamente as condições de trabalho e remuneração dos servidores públicos mineiros. Essa medida não apenas aumenta o ônus financeiro sobre os servidores, mas também levanta questionamentos sobre a transparência e a gestão dos recursos públicos.