Protesto no Hospital Júlia Kubitschek

Trabalhadores da saúde fazem protesto em frente ao Hospital Júlia Kubitschek

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Em protesto realizado na manhã desta quarta-feira (15), os trabalhadores protestaram contra o decreto do governador de Minas, Romeu Zema, que concede gratificação temporária somente para os médicos. O protesto contou com a presença de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, técnicos de laboratório, radiologistas, auxiliares administrativos entre outros.

O decreto determina a Gratificação Temporária de Emergência em Saúde Pública, criada para os servidores efetivos ocupantes de cargos que exijam a graduação em Medicina, com exercício nas unidades da Fhemig e que estão lidando diretamente com o novo coronavírus.

Os valores variam entre R$ 1.107,76, para alguns cargos de 12 horas semanais, até R$ 6.002,21 mensais, para cargos de 24 horas semanais. A gratificação é paga mensalmente.

As demais categorias da saúde, são as mais exposta ao contágio pelo Covid-19. Seus profissionais atuam à beira do leito, 24 horas por dia e, em neste momento de crise, o decreto excludente do governo de Minas gera uma sensação de desrespeito e desvalorização com os demais trabalhadores.

Para as instituições e sindicato da saúde, a bonificação viola, inclusive, a isonomia prevista na Constituição de 1988. Segundo os órgãos, os profissionais de saúde devem ser tratados da mesma maneira pelo poder público. O Sind-Saúde defende que o benefício seja estendido também à todos os trabalhadores da saúde, que também atuam na linha de frente, sobretudo neste momento de combate ao Covid-19.

Para os trabalhadores que participaram do protesto, a medida é absurda e desrespeitosa, afirmam ainda que, além da insatisfação com a falta do benefício, os salários são baixos, e faltam equipamentos de proteção. Além disso, eles ressaltam que, a diferença salarial já é grande. Os salários dos médicos são mais altos e a carga horária é menor, que geralmente é de 12 e 24h, já a carga horária dos demais trabalhadores são atualmente de 30 e 40h semanais.

Vale destacar que a falta de pessoal das demais categorias tem causado adoecimento nesses trabalhadores, e tem sido denunciada em todos os governos, no entanto, nenhuma providência é tomada.

Para a diretora do Sind-Saúde, Neuza Freitas, ninguém trabalha sozinho e toda categoria tem que ser valorizada. “A saúde é uma equipe multiprofissional, portanto ninguém trabalha sozinho. Se terá gratificação para a categoria médica, terá que ter é para todos da saúde”, enfatiza.

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Ação Civil conjunta contra o Estado

Em reunião online com deputado estadual Arley Santiago e o senador Carlos Viana, e vários Conselhos de Classe, a diretora do Sind-Saúde, Neuza Freitas, expos a questão da gratificação concedida à categoria médica pelo governo de MG em detrimento a todas as demais categorias. Como encaminhamento foi protocolado um requerimento do deputado Arley Santiago pedindo a inclusão de todos os trabalhadores da saúde, e preparando já ação civil pública contra o governo Zema. Já em processo de construção da ação em caráter de emergência.

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