Plenária em defesa do SUS

Trabalhadores(as), apoiadores e militantes se reuniram na manhã dessa terça para debater a defesa do SUS e da democracia.

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Mais um espaço foi construído para fortalecer o debate em defesa do SUS e da democracia no Brasil. Ontem, terça-feira (07/06), foi realizada na Cidade Administrativa uma plenária para debater o tema. Trabalhadores(as) da saúde da SES e dos municípios estiveram presentes, além de apoiadores e militantes.

A ideia do encontro foi reforçar a defesa do Sistema Único de Saúde, mas também analisar a conjuntura e estimular uma constante mobilização. Foram convidadas(os) para a mesa de debate Beatriz Cerqueira (Sind-UTE e presidenta da CUT Minas), Marta de Freitas (Engenheira do Trabalho), Ederson Alves (vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde) e Érico Colen (Diretor do Sind-Saúde).

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O momento político que vivemos foi muito destacado em todas as falas. Beatriz Cerqueira ressaltou que se trata de um golpe, não nos moldes do militarismo, mas baseado em outra estratégia, assim como em outros países da América Latina, como Paraguai e Honduras. Destacou ainda que assim como a educação, a saúde é um direito básico e está sendo ameaçada por este governo ilegítimo. A engenheira do trabalho Marta de Freitas também analisou a situação da saúde pública neste momento. Enfatizou que o novo ministro representa diretamente os interesses dos planos de saúde, o que nos exige mais organização e resistência para que não haja retrocessos na construção do SUS. O vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, Ederson Alves, também criticou a afirmação do novo ministro sobre o tamanho do SUS. “O tamanho do SUS não precisa ser revisto, precisa ser ampliado”, afirmou.

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Também foram destacadas outras ameaças do governo golpista à classe trabalhadora, como a desvinculação do salário mínimo, tolerância à terceirização e ataque ao direito previdenciário. Destacou que o aumento de tempo de trabalho para a mulher, por exemplo, é um ataque direto à realidade feminina. Geralmente, as mulheres possuem dupla jornada, sofrem com falta de assistência e cuidado. Ou seja, mais uma prova do machismo sustentado pelo governo Temer. O debate ainda resgatou a questão econômica do país, lembrando que o sistema financeiro mundial tem submetido os países a uma dívida em prol do fortalecimento do próprio capitalismo. Para Érico Colen, o discurso da crise é uma forma de jogar nas costas do trabalhador todo esse peso, já que as grandes instituições financeiras, como os bancos, seguem lucrando rios de dinheiro.

Realidade em Minas

A plenária também debateu os desafios impostos em Minas Gerais para o fortalecimento da saúde pública. Ederson afirmou que aqui ainda temos uma estrutura precária e uma forte desvalorização dos servidores. Destacou que não se pode aceitar mais cortes e que a luta também é para exigir o mínimo constitucional que deve ser aplicado na saúde. Com a forte presença dos trabalhadores(as) municipalizados de Vespasiano e Neves, também foi momento de apresentar a realidade daquelas(es) que ainda precisam lutar pelo básico, como o piso salarial e desprecarização dos vínculos.

No final, várias falas também enfatizaram a importância de fortalecer a ocupação do Ministério da Saúde, como uma forma de pressionar o governo e ao mesmo tempo dialogar com a população e com os próprios trabalhadoreas(as) sobre o sentido do SUS, uma das maiores conquistas do povo brasileiro, que deve seguir sendo fortalecido, sob os braços da democracia. 

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