Governo adia anúncio do 13º



Tentativa do governo é isolar categorias do serviço público, greve na saúde continua e

Sindicato pede unidade

A estratégia do governo do Estado é dividir o funcionalismo e quem tiver mais mobilização terá prioridade. Esse é o recado que os(as) trabalhadores(as) da saúde tem sentindo das últimas ações e comunicados do governo. Nesta quinta-feira (21/12), os(as) servidores(as) da saúde, em greve desde segunda (18), fizeram protesto no centro da capital mineira para cobrar o pagamento imediato do13º salário à todos(as) trabalhadores(as) e respostas as reivindicações da categoria. A manifestação acompanhou a reunião que aconteceu no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) entre o governo do Estado e o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG). 

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A reunião iniciou sem a representação dos trabalhadores da Funed, que foi barrado de participar mesmo diante da pressão dos membros da comissão de trabalhadores presente. A categoria da Funed fez hoje paralisação de 100%. Ao ficarem sabendo do impedimento do representante dos servidores da Funed na reunião, os manifestantes bloquearam todas as pistas da Rua da Bahia e exigiram a presença do diretor do Sind-Saúde Érico Colen na negociação. Para Érico Colen a tentativa de impedir a entrada da Funed é um mostra simbólica do que o governo já vem fazendo e afirmou que estar nas ruas, assim como garantiu a presença na reunião, irá demonstrar que nenhuma categoria quer ficar de fora do pagamento do 13º salário.

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O protesto parou as ruas do hipercentro de Belo Horizonte e por volta de 12 horas fechou as quatro vias da Praça Sete. A resposta da categoria contra a posição do governo é que a saúde é sistêmica e todo o funcionalismo deve receber o 13º como um direito do trabalhador. Os trabalhadores da FUNED queimaram um caixão no coração da capital (Praça Sete) para dizer ao governo que a fundação não está morta, e muito pelo contrário, se hoje a FUNED está 100% paralisadas é porque os seus servidores estão lutando nas ruas.

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A reunião foi agendada para discutir as pautas especificas da categoria da saúde. Já a reunião com todos os sindicatos do funcionalismo foi adiada pelo governo, sem comunicado ao Sindicato, para amanhã (22). O Sind-Saúde manifesta novamente seu total repudio a forma como o governo negligencia um direito dos(as) trabalhadores(as) em Minas Gerais.

O Sindicato convoca toda a categoria para continuar a pressão no governo na reunião marcada para amanhã(22) às 09h30 em frente ao BDMG (Rua da Bahia, 1.600).

Veja aqui os pontos tratados para cada vinculada do Sistema Estadual de Saúde

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SES/MG A exigências trazidas pela Secretaria foram: nenhum servidor da SES deve ter salários abaixo do mínimo, atenção especial aos AUGAS, fim do parcelamento de salários, pagamento imediato do décimo terceiro e redução da jornada de trabalho. A única pauta apreciada foi com relação aos AUGAS, que já havia avançando em reuniões anteriores.

FHEMIG Na pauta da Fhemig, o governo garantiu que ficará sob autonomia da Fundação a implementar a redução da jornada de trabalho  de 40 para 30 horas semanais sem redução salarial. Amanhã (22) uma reunião específica da presidência da Fhemig com o Sindicato deverá discutir a implementação do  calendário. A redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais é uma das maiores bandeiras da categoria.       

Além disso, o governo informou que a Câmara de Orçamento e Finanças (COF) autorizou o concurso público para 1.510 cargos.

Ao relatar à categoria o resultado da reunião, a diretora do Sind-Saúde Neuza Freitas ressaltou a grande derrota da saúde pública mineira com a decisão unilateral do governo de acelerar o fechamento do Hospital Galba Veloso. Ontem (20) foi confirmada o fechamento da unidade, mesmo depois de um forte movimento contrário que, com duas ocupações,  resistiu à decisão durante quase seis meses.  

HEMOMINAS  As pautas da Fundação Hemominas levadas para a reunião foram o aumento  do vale alimentação e pagamento no primeiro dia útil, o pagamento do vale transporte no 1º dia útil do mês, o adicional de 50% para servidores que trabalham no final de semana e regularização dos salários bem como 13º. As solicitações com relação aos benefícios alimentação e transporte foram pactuadas.

O governo mencionou um levantamento que está sendo feito na fundação para a abertura de concurso público, mas não deu previsão de data para início do processo. A pauta do adicional para quem trabalha no final de semana, teve apenas uma promessa de resposta para janeiro de 2018.

O pagamento de décimo terceiro pactuado para dezembro foi apenas para servidores lotados na Hemominas. Aqueles cedidos por outra entidade permanecerão na condição dos demais que ainda não tem previsão de recebimento. Sobre a regularização do recebimento de salários o governo disse que não tem previsão de quando os pagamentos deixarão de vir parcelados e menos ainda, quando voltarão a cair no 5º dia útil do mês.

UNIMONTES As reivindicações da Unimontes na reunião foram que o governo assumisse o compromisso do vale-alimentação para os servidores com publicação oficial, e a pauta geral de recebimento do 13º. O benefício da Unimontes também continua com data indefinida, e para o auxílio alimentação o representante disse que só poderia dar retorno no ano seguinte.

ESP A Escola de Saúde Pública solicitou a elaboração de um projeto de lei regulamentando auxílio creche para pagamento redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem redução salarial. Nenhuma das solicitações foi atendida. O décimo terceiro para SES, assim como as demais entidades, com exceção da Hemominas e Fhemig, será discutido na reunião de amanhã (sexta-feira).