Valor do piso da enfermagem expõe falta de reajuste anual em Vespasiano
Ao que parece que a prefeitura de Vespasiano vai empurrar o pagamento do piso salarial da enfermagem até o último momento da obrigatoriedade. Parece que a gestão seguirá a orientação do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Segundo a entidade que age como uma espécie de sindicato patronal, o pagamento do piso deve acontecer com recursos integralmente federais. Ao posicionar dessa forma, a prefeitura de Vespasiano aumenta ainda mais a incerteza sobre a real pretensão de pagamento do piso da enfermagem. O executivo municipal, aliás, parece insistir na política de desvalorização dos trabalhadores da saúde. Se a prefeitura realizasse a mínima revisão salarial anual a defasagem dos salários em relação ao piso seria consideravelmente menor.
A forma de cadastramento dos profissionais da enfermagem soma-se aos problemas criados pela prefeitura para a efetivação do pagamento do piso. Informações recebidas pelo Sindicato consta que a prefeitura cadastrou os trabalhadores no CNES como auxiliares de enfermagem, mas exige dos trabalhadores que realizam função de técnico de enfermagem. Apesar de saber que na estrutura da saúde a função de auxiliares inexiste, a gestão prejudica o piso salarial de mais ou menos 300 de trabalhadores.
A bola de neve da desvalorização da enfermagem não impacta somente a categoria da enfermagem. Os salários de diversos outros profissionais da carreira estão abaixo do salário mínimo.
Para tratar sobre o piso salarial da enfermagem, a Câmara Municipal irá realizar audiência pública no dia primeiro de junho (quinta-feira) às 09 horas na Casa legislativa. O Sind-Saúde Núcleo Vespasiano convoca todos os profissionais da saúde para exigir o cumprimento da lei do piso salarial e também para reivindicar uma real valorização dos servidores da saúde de Vespasiano.
