Sind-Saúde cobra posicionamento de vereadores de Lagoa Santa sobre não pagamento de adicional de insalubridade à diversas categorias profissionais – servidores municipais da saúde.

O relatório que aponta uma série de irregularidades na perícia usada como base para pagamento do adicional de insalubridade dos servidores da saúde de Lagoa Santa foi mais uma vez apresentado na Câmara Municipal. Em reunião, realizada na manhã desta quarta-feira (10/02), com a presença do secretário municipal de saúde Gilson Urbano, membros da Comissão de Saúde e Saneamento Básico, presidente da Câmara, vereador Paulo da ADM, a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde) Lionete Pires e a trabalhadora da saúde Andrêza Almeida Fernandes pediram agilidade e solução para os problemas que se arrastam a anos. Apesar da materialidade das denúncias apresentadas até então, contra a empresa prestadora do serviço de avaliação das condições do ambiente de trabalho em todas as unidades de saúde do município.
A reunião foi gravada e em breve deverá estar disponível no site da Câmara Municipal.

Segundo o relatório feito pela engenheira do trabalho Dra Marta Freitas, a pedido do SIND-SAÚDE, a empresa contratada pela prefeitura, cometeu diversos erros formais durante a entrega dos produtos contratualizados. Dentre eles, a falta de visita aos serviços – ambiente sócio-ocupacional, para conhecer a rotina de trabalho e os riscos e agentes nocivos aos quais os trabalhadores poderiam estar expostos. O Sind-Saúde também alerta que, de toda forma, um novo laudo precisa ser feito, já que novas doenças surgiram, o município enfrentou incidência de Sarampo e por último o enfrentamento da Pandemia de COVID-19, e o contato dos trabalhadores a esses riscos à saúde só se agrava.

Além da padronização do pagamento da insalubridade, a diretora do Sind-Saúde Lionete Pires solicitou à prefeitura a abertura de estudos para a criação do Plano de Carreiras, Cargos e Salário para os servidores da saúde. “É necessário que a prefeitura crie um plano de carreiras específico para os servidores da saúde que leve em conta as necessidades e exigências do trabalho em saúde”, pontua.

A criação de um piso da enfermagem é outra pauta de reivindicação da categoria abordada durante a reunião. A própria gestão relatou a dificuldade de contratação de profissionais da enfermagem. Com o aumento do salário mínimo e defasagem de correção salarial na enfermagem, um técnico de enfermagem sente a brutal desvalorização do vencimento real referente aos trabalho prestado. O Sind-Saúde tem reivindicado a criação do piso da enfermagem nos municípios, já que a pauta está travada no Congresso Nacional há décadas sem solução.