Trabalhadores do setor de atendimento semi-intensivo do Hospital João XXIII reúnem com gestão para reivindicar mudanças

Os trabalhadores do setor de atendimento semi-intensivo do Hospital João XXIII estiveram na manhã desta terça-feira, 20/07, em reunião com a gestão da unidade para registrar suas insatisfações e cobrar mudanças sobre diversas situações que vem acontecendo no hospital. Atendidos pela Coordenadora do Semi-intensivo e CTI (Centro de Terapia Intensiva), Cláudia e pelo Assessor da Coordenação de Enfermagem, André, os trabalhadores discutiram principalmente sobre a sobrecarga de trabalho e o remanejo do terceiro andar (semi-intensivo) para o CTI.

A reunião que estava pré-agendada para a segunda quinzena de agosto, foi adiantada diante da complexidade e gravidade da situação em que se encontram os trabalhadores e pacientes da unidade. As consequências do remanejamento do terceiro andar têm trazido preocupação para os trabalhadores, visto que o atendimento unificado desses pacientes gera um risco para os usuários e também para os funcionários, levando em consideração que as chances de erros clínicos são muito maiores, como por exemplo, quedas, PCR’s, obstrução de cânulas e etc…

Outro fato que tem desgastado bastante é a sobrecarga de trabalho diante da inobservância da coordenação, que permite o desfalque das escalas. Segundo relatos dos trabalhadores, muitas vezes está constando o nome do funcionário mesmo ele estando de férias ou atestado médico, o que gera uma desorganização e sobrecarga naqueles profissionais que estão presentes no plantão. Com isso, tem acontecido de trabalhadores escalados para assumir três pacientes de uma vez, muitos deles em quadro de ventilação mecânica, em uso de drogas vasoativas, demanda medicamentosa, medicamento e cuidados especiais e demais dispositivos invasivos.

Lamentavelmente os trabalhadores ainda têm que lidar com falta de roupa privativa e falta de uniforme para as atividades laborais e EPIs, além da demora da entrega e escassez do enxoval para realização de banhos e cuidados dos pacientes, dificultando profissional e cuidado dos mesmos.

Durante a reunião, as diretoras do Sind-Saúde/MG, Leide Fernandes e Luciana Silva questionaram sobre a falta da presença efetiva coordenação no setor, instalando uma situação de insegurança, visto que o setor é considerado como leito de semi-intensivo, portanto não oferece o quadro de profissionais suficientes para o funcionamento eficaz.

Diante do exposto, a Coordenação então propôs a criação de um Colegiado com um representante de cada plantão e, ainda
se comprometeu a chegar mais cedo para ter uma proximidade maior com os trabalhadores do setor, e reconheceu a necessidade de um diálogo maior entre a equipe e a coordenação.

O assessor André reforçou a importância da sintonia entre equipe e coordenação, sem divisão entre gestão e trabalhadores, cada um cumprindo seu papel, mas se comprometendo com o trabalho em equipe. A gestão se comprometeu a construir a melhor alternativa para melhorar, de fato, a assistência e a comunicação entre as equipes.  

Com relação a roupa privativa e falta de uniforme, garantiram que estão trabalhando para resolver esse problema.