Sind-Saúde Núcleo Vespasiano denuncia falta de médicos no município

A diretora do Sind-Saúde/Mg, Lionete Pires, esteve nesta terça-feira 20/07, na Policlínica Municipal Nova Pampulha, em Vespasiano, junto aos moradores para denunciar a falta de médicos na unidade. Nos quinze postos da cidade, são vinte e uma equipes de saúde da família. Dessas, apenas sete tem um médico. 

A falta de médicos nas equipes de atendimento à saúde da família, além de prejudicar a assistência ao usuário, também acaba sobrecarregando os demais trabalhadores da saúde como enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e agentes de saúde.

O valor pago aos médicos hoje no município é de aproximadamente R4 10.900,00 bruto, no entanto, isso não tem fixado estes profissionais no município e demonstra inclusive os disparates entre os vencimentos de outros profissionais da saúde que recebem o salário base de R$1.100,00 como Psicólogos, TO, Auxiliares/técnicos de enfermagem Laboratório. E o que se ouve é que a proposta da gestão é desrespeitar a lei orgânica do município que estabelece e fixo teto de pagamento secretários aos servidores, e o pior, precarizar ainda mais os vínculos através de outras formas de contratação, lembrando que os trabalhadores da saúde estão desde 2017 sem reajustes salariais e reposição de inflação, sub argumentação de que o município não tem dinheiro e que a Lei do desgoverno Bolsonaro não permite reajustes.

A falta de um plano de carreira tem feito com que muitos profissionais optem por trabalhar em outros municípios e mesmo com a disposição da comissão de trabalhadores e sindicato em construir uma proposta de plano de carreira e a cobrança da realização de concurso público, a prefeita Ilce Rocha e sua equipe estão insensíveis a toda essa situação, nem mesmo os membros representantes da gestão foram nomeados para construção do plano de carreira. Não se constrói plano de cargos e carreira sem a participação efetiva da gestão, que afinal é que tem o poder da caneta e vontade política de realmente valorizar e garantir o direito a valorização dos trabalhadores.

Para Lionete Pires, o problema é recorrente.  “O problema é que o município vizinho acaba oferecendo um salário maior do que o município de Vespasiano paga”, destacou. 

A diretora argumentou ainda que é importante a estabilidade dos trabalhadores, através de concurso público conforme determina a CF e o fim dos cabides de empregos que vem se agravando no município principalmente em épocas eleitorais.  “No nosso entendimento a realização de concurso público, plano de carreira para fixar e valorizar o profissional médico e os demais trabalhadores da saúde”, completou Lionete Pires.

Saúde é direitos de todas e todos, defendemos um SUS 100% público de qualidade.

Confira parte da entrevista concedida ao Portal R7, pela diretora Lionete Pires.