Trabalhadores da saúde decidem realizar paralisação com indicativo de greve no dia 15 de junho
|
Cerca de 600 trabalhadores da saúde pública de várias regiões de Minas se reuniram na tarde desta segunda-feira (30.05) no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para reforçar suas reivindicações por, sobretudo, melhores salários, redução da jornada de trabalho, concurso público e definição da data-base. Foi aprovado que o próximo passo da campanha salarial 2011 será na Cidade Administrativa, no dia 15 de junho a partir das 9 horas, para incomodar os grandes responsáveis pela deplorável situação do serviço público de saúde em Minas Gerais.
A assembleia geral, organizada pelo Sind-Saúde/MG, também objetivou repudiar a morosidade do governo para responder à pauta de reivindicações dos servidores. A reunião para negociação do Sind-Saúde com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) estava marcada para esta segunda, mas foi desmarcada em cima da hora. A negociação foi enfim agendada para o dia 15 de junho. Para este dia, os trabalhadores reunidos aprovaram, por unanimidade, uma nova assembleia, com paralisação e indicativo de greve, a ser realizada na Cidade Administrativa.
Principais reivindicações
A maior exigência da campanha é por reajuste salarial digno. Para repor as perdas dos últimos anos e garantir um ganho real, o Sind-Saúde está reivindicando um reajuste de 20,7%. Os trabalhadores da saúde há anos estão amargando péssimos salários e exigem que o tão propagandeado crescimento econômico de Minas seja compartilhado com todos os servidores públicos. A definição de uma data-base, preferencialmente no dia 1° de janeiro, é também essencial para que o servidor tenha a garantia de negociação salarial todos os anos.
Conforme demanda da categoria, o Sind-Saúde montou uma comissão que está terminando uma proposta de revisão das estruturas de carreira do Sistema Estadual de Saúde, que será encaminhada para a subsecretária de gestão de pessoas. A revisão da estrutura de carreira da Unimontes/UEMG, cuja pauta foi entregue no dia 17 de maio, começará a ser discutida com o Sindicato na Seplag no dia 2 de junho.
Outra reivindicação fundamental é pela universalização da redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais e sem redução salarial. Só assim se garante a prestação de um serviço eficiente e a qualidade de vida dos servidores.
Concurso público em todo o Sistema Estadual de Saúde para suprir a carência de pessoal e evitar os contratos precários é outra reivindicação do Sind-Saúde .
O Sindicato quer, ainda, que sejam revistos todos os casos de reposicionamento na carreira que foram feitos de maneira inadequada. Para tanto, a entidade solicita que aqueles que se sentirem prejudicados entrem em contato com o Sindicato.
Contratos da Fhemig
Foi repassado na assembleia os informes da reunião realizada, também nesta segunda, entre os diretores do Sind-Saúde, o secretário adjunto de saúde, Wagner Eduardo Ferreira e o presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros para tratar da situação dos contratos administrativos da Fundação. O secretário prometeu fazer consulta à secretária de planejamento e gestão, Renata Vilhena, para que ela encaminhe um documento para o Ministério Público pedindo o prazo de 90 a 120 dias para prorrogação dos contratos. Dentre deste prazo, a Seplag iria estudar a viabilidade para abertura de um concurso público para as áreas que não há concursados para tomar posse. A promotora de saúde Josely Ramos já havia indicado que poderá prorrogar os contratos caso a Seplag prometa realizar um concurso.
|
|
|

