Sindicato não aceita pedido de parlamentares para suspender a greve





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Presentes na reunião da esquerda para direita, sentido anti-horário, Tomaz de Jesus (Sind-Saúde), Andrea Myrrha e Antonieta de Cássia (SISIPSEMG), Rogério Correia (PT), Mauri Torres (PSDB), Luiz Humberto (PSDB), Diniz Pinheiro (PSDB), Adelmo Leão (PT), Antônio Júlio (PMDB), Gustavo Valadares (DEM), Denilson Martins (Sindpol), André Moreti (trabalhador da Funed) e Beatriz Cerqueira (Sind-Ute).

Representantes dos trabalhadores que estão em greve – saúde, educação e polícia civil – foram chamados pelos deputados da oposição e da base do governo para uma reunião na manhã desta quarta-feira (06/07) na ALMG. Os deputados vão intermediar as negociações dos trabalhadores com o governo. O deputado Rogério Correia, líder do Bloco Minas sem Censura, reforçou que a situação destes trabalhadores precisa ser resolvida e que os deputados do Bloco vão continuar a rejeitar os projetos do executivo até que o governo abra as negociações.

O líder de governo Luiz Humberto (PSDB) propôs para os trabalhadores a suspensão da greve como sendo a forma de abrir o caminho para as negociações. Os Sindicalistas recusaram e demonstraram profundo desgosto com a proposta. “Suspensão da greve para negociar na Saúde é impossível, nós já tivemos três reuniões que foram canceladas pelo governo. Com esse descaso a categoria está inflamada e o movimento está crescendo” disse o diretor do Sind-Saúde Tomaz de Jesus.

A diretora do SISIPSEMG, Andréa Myrrha, também colocou que a situação dos trabalhadores do Ipsemg é caótica e que suspender a greve também não é possível. O Sind-Ute também se posicionou contra a suspensão da greve e enfatizou que no movimento da educação o governo assumiu vários compromissos, mas não cumpriu com nenhum.

As respostas

Diante da realidade exposta pelos representantes dos trabalhadores os deputados da base se comprometeram a repassar para o governo os relatos da reunião. Ficou marcada para a próxima segunda-feira (11/07) uma nova reunião em que os líderes do governo vão se reunir com os sindicalistas para dar o retorno do governo.

Funed

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Trabalhadores da Funed em assembleia na frente da Fundação organizam o movimento.

Trabalhadores do movimento grevista da Fundação Ezequiel Dias se reuniram nesta quarta-feira (06) na porta da Fundação. Os trabalhadores reforçam a necessidade do cumprimento da escala mínima de 30% neste momento da greve. “Precisamos unificar ainda mais esse movimento, mais companheiros precisam aderir ao movimento. A greve está fazendo a diferença, as ações do movimento sempre contam com a presença massiva dos trabalhadores da Funed” reforçou o trabalhador André Moreti durante sua fala no carro de som.

O diretor do Sind-Saúde Tomaz de Jesus parabenizou a postura destes trabalhadores com a participação na greve. “Durante as manifestações em nossas falas a Funed tem sido apontada como exemplo de resistência dos trabalhadores, quando o trabalhador está indignado ele realmente vai para rua denunciar” elogiou Tomaz.

Os trabalhadores da Fundação criaram no Facebook o grupo “Saúde MG em movimento”. Neste grupo você acompanha informações postadas por trabalhadores da Fundação sobre o movimento grevista da saúde em Minas Gerias.

Veja o vídeo gravado durante a Assembleia na Funed