Trabalhadores da saúde rejeitam penduricalhos e mantêm greve

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Em assembleia realizada nesta quarta-feira (20) no Pátio da ALMG, os trabalhadores da saúde estadual rejeitaram os penduricalhos propostos pelo governo e votaram pela continuidade da greve pelo menos até sexta-feira, quando será realizada nova assembleia geral, também no Pátio da ALMG às 10 horas.

Apesar de atender alguns itens da pauta de reivindicação, a proposta não resolve o problema que levou os trabalhadores a se indignarem: não houve nenhuma proposta de reajuste salarial. Com a pressão do Sind-Saúde e dos trabalhadores e com ajuda da intermediação dos deputados estaduais, a secretária de planejamento e gestão, Renata Vilhena, marcou uma reunião com a comissão de negociação às 9 horas desta quinta-feira (21).

Os servidores e o Sind-Saúde aguardam um posicionamento da secretária sobre a reivindicação de reajuste salarial de 65% para toda a categoria e a redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução salarial.

Penduricalhos
Na reunião realizada com o Sind-Saúde na noite desta terça-feira (19), os representantes das secretarias estaduais de Saúde (SES) e de Planejamento e Gestão (Seplag) não propuseram reajuste real, mas apenas o aumento de uma gratificação complementar que os trabalhadores da Fhemig recebem. Pela proposta, a gratificação, que hoje é de 20,7% do salário-base, aumentaria em agosto deste ano para 30%, em 2013 para 40% e em 2014 para 50%.

Esta gratificação não é paga para todo o sistema estadual de saúde e não é salário, é apenas um artifício utilizado pelo governo para compensar os péssimos salários praticados. Mas não há qualquer garantia que essa gratificação dure para sempre e nem que será incorporada a quem aposentar.

Para os servidores da Hemominas, o governo propôs a criação de uma gratificação complementar para equiparar o valor final da remuneração com a dos profissionais da Fhemig. Valores ainda não foram apresentados, mas aparentemente a gratificação será pequena.

Segundo o governo, a pauta da Funed ainda está sendo analisada e as respostas serão apresentadas na segunda-feira, dia 25/06.

Direito não se discute
Na reunião, o governo admitiu que estava fora da lei e que a partir de agora vai pagar o adicional noturno e o adicional de insalubridade para todos os trabalhadores do sistema estadual de saúde que fizerem jus a esses direitos constitucionais. Pela proposta, o referencial do adicional de insalubridade também mudará para R$ 660,00.

O adicional de urgência e emergência aumentaria em 50% e estaria garantido para todos que trabalham nos setores de urgência. Porém, muitos profissionais que trabalham em áreas que também lidam com situações emergenciais, como é o caso de quem atua em maternidades, não foram contemplados.

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