Sind-Saúde aciona Ministério Público para barrar substituição de educadores por MGS nas creches da Fhemig

O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde/MG) se reuniu com a promotora de Justiça, Josely Ramos Pontes, da Promotoria de Defesa de Saúde do Ministério Público para discutir a substituição de monitores/recreadores das creches da Fhemig por funcionários da MGS. A reunião aconteceu na sexta-feira (01/07) e foi acompanhada pela representante da comissão pais e mães das creches, representante dos trabalhadores Lucia Barcelos. Representando o Sind-Saúde, a diretora Dehonara Almeida.

O Sindicato e a representante de mães e pais apresentou a situação das creches à promotora. Trabalhadores das creches estão sendo substituídos por contratos da MGS, parte desses não tem formação específica em educação infantil, o que é fundamental para atender a necessidades das crianças. A atitude da Fhemig tem causado problemas com as crianças e muitas mães estão com dificuldades de deixar seus filhos e filhas em segurança nas creches para poderem trabalhar.

 A promotora Josely reconheceu a importância da Fhemig na assistência pública hospitalar e se comprometeu a oficializar junto à Fhemig um pedido de reunião com a Presidência da Fundação no sentido de garantir o bem-estar das crianças da creche.

O Sind-Saúde aproveitou a oportunidade para denunciar a política de destruição do serviço público por parte do governo estadual, Romeu Zema. Com objetivo de precarizar os serviços de saúde, o governo vem substituindo trabalhadores concursados por servidores da MGS. “Essa medida vai contra os princípios do serviço público, uma vez que já na recepção o usuário de saúde tem o primeiro contato com a instituição e o trabalhador desse setor faz parte da equipe assistencial e assim constitui atividade fim, não podendo ser terceirizada”, argumenta Dehonara.

A Fhemig é hoje a maior rede de hospitais públicos da América Latina, é um importante patrimônio do povo mineiro e tem papel primordial para o SUS em Minas Gerais. “Não podemos permitir que esse governo destrua essa instituição pública e os direitos de seus trabalhadores”, acrescentou a diretora do Sind-Saúde.