Reforma da saúde de Obama: “Chegou o momento de agir”

Na quarta-feira à noite, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, esteve no Congresso do país e fez um discurso revelando novamente sua posição em relação à reforma do sistema de saúde americano.

Por Olga Razumovskaya, para o The Nation

Ele invocou a “história”, como esperavam alguns dos seus apoiadores. Para o jornal americano The Nation, a quase centenária luta pela reforma do sistema de saúde feita pelos presidentes Roosevelt, Truman, Johnson e Clinton chega a seu ápice agora, em meio a uma grande instabilidade econômica e guerras infinitas.

“Não sou o primeiro presidente a levantar esta causa, mas estou determinado a ser o último”, bradou Obama. Ele reclamou também da desinformação, má interpretação e das táticas ilicitas brandidas pela oposição de direita no país durante o mês de agosto, advertindo que aqueles que manipularam o conteúdo da proposta “serão chamados à razão”. 

Obama reforçou seu pedido para que as empresas que vendem planos de saúde não neguem cobertura, atirando condições pré-existentes nos contratos. Falou também sobre o bipartidarismo e a necessidade de se chegar a um acordo sobre a evolução do projeto de reforma da saúde e não da tentativa de matar este projeto antes de discuti-lo.

No discurso, Obama falou sobre opções e escolhas, mas quando finalmente chegou à parte sobre a opção pública, seu discurso perdeu o vigor, fazendo com que o colunista do jornal The Nation, John Nichols, concluir que “a grande coisa inacabada de nossa sociedade, como o falecido senador Edward Kennedy chamou a questão de saúde universal em sua última carta enderaçada a Obama, pode permanecer inacabada sob um presidente que discursa muito bem, mas que não necessariamente luta muito bem”.

Clique aqui e veja a íntegra do discurso de Obama, transmitida pela rede pública do senado dos EUA, a C-SPAN.

 

Fonte: Vermelho