Duas importantes vacinas passam a ser gratuitas a partir de março

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira, por meio de nota, que vão ser incluídas no calendário básico de vacinação as vacinas pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C. A primeira começa a ser ministrada em crianças menores de 2 anos de idade a partir de março e a segunda, a partir de agosto.

A inclusão neste ano das duas novas vacinas no calendário público de vacinação do Ministério da Saúde deve reduzir no País, nos próximos cinco anos, em 83% as internações por pneumonia e dar cobertura contra a meningite bacteriana.


Investimento e R$ 552 mi

A partir de 2011 essas vacinas vão integrar o calendário básico da vacinação de menores de 1 ano de idade. Serão investidos R$ 552 milhões, com a compra em laboratórios nacionais de 13 milhões de doses da vacina pneumocócica e 8 milhões da meningócocica, o que permitirá a imunização de 6 milhões de crianças.

A previsão é de que em 2015 sejam evitadas 45 mil internações anuais por pneumonia em todo o Brasil, caindo dos atuais 54 mil para 9 mil a média de atendimentos. Com essas novas metas, a previsão do Ministério da Saúde é de que a mortalidade infantil caia e melhore a qualidade de vida da população.

Entre 2000 e 2008 o número de casos registrados de meningite bacteriana caiu de 4.276 para 2.648 (redução de 38%). No período, as mortes caíram 47%, passando de 777 para 412.

O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou entre 2000 e 2008 redução de 26,8% na ocorrência do pneumococo (principal agente de pneumonias em todas as faixas etárias). As internações no SUS pela doença caíram de 950 mil para 695 mil em 2008. No mesmo período a média anual de casos de meningite pneumocócica foi de de 1.250 ocorrências, com 370 óbitos.


Transferência de tecnologia

Os contratos com os laboratórios que vão fornecer as vacinas envolvem transferência de tecnologia. Segundo o Ministério da Saúde nos últimos cinco anos, o Brasil começou a produzir vacina contra a gripe sazonal, contra o rotavírus humano e a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba). Essas vacinas responderam por 28,6% da produção nacional em 2008.


Fonte: Agência Brasil