Greve continua forte





Os servidores da saúde fizeram mais um ato nesta terça (05) em frente à ALMG para organizar o movimento e sensibilizar os deputados a intermediarem junto ao Executivo para que as negociações sejam abertas. Desde quando entraram de greve, no dia 28 de junho, os servidores têm participado diariamente de manifestações. A partir desta quarta, dia 06, os atos serão realizados de modo isolado nas unidades hospitalares de Belo Horizonte. O comando de greve, dividido em grupos, visitará os locais esclarecendo os servidores e as chefias sobre a necessidade e a legalidade da greve.

União das categorias em greve

Servidores do Ipsemg, professores e policiais civis, que estão em greve há muitos dias, estão unidos com os profissionais da saúde para pressionar o governo a abrir as negociações. A coordenadora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira e o presidente do Sindpol/MG, Denílson Martins, estiveram presentes na manifestação desta terça e reforçaram o apoio à saúde e a união das categorias.

Beatriz relembrou a importância de continuar os movimentos mesmo com todo assédio moral feito por chefias e com a criminalização que o governo e a Polícia tentam impor àqueles que ousam lutar por melhores condições de trabalho. “Se uma greve terminar sem conquistas, o governo fica à vontade para continuar a condenar os serviços públicos à miséria”, disse a professora. 

Nesta quarta, a partir das 14 horas, as categorias se unirão novamente na ALMG, no grande ato do Dia Nacional de Mobilização, promovido pela CUT/MG. Servidores da saúde também estão convidados a reforçar o grito por respeito e valorização.

Bloco de oposição reforça apoio

Os representantes dos sindicatos que estão promovendo as greves se reuniram antes da manifestação com os deputados da oposição, que compõem o Bloco Minas Sem Censura (PT, PCdoB, PMDB e PRB). O líder do bloco, deputado Rogério Correia, repassou no ato dos servidores da saúde o que de principal foi definido na reunião: “Não vamos aprovar nenhum projeto de lei do governador enquanto ele não negociar com as categorias em greve”. Rogério cobrou, ainda, que o governador cumpra sua promessa de campanha de priorizar saúde, educação e segurança pública.

O deputado Adelmo Carneiro Leão, que também compõe o Bloco, ressaltou a péssima condição das unidades hospitalares de Minas Gerais. “É lamentável termos que ver uma situação de um hospital tão importante como a Maternidade Odete Valadares não ter um autoclave em condições de uso. É inaceitável constatar o descumprimento da Emenda 29 em Minas”, denunciou Adelmo. 

Mudança no calendário de greve

Os servidores, que manifestam nas ruas desde o primeiro dia de greve, decidiram realizar atos isolados nas unidades a partir desta quarta. O comando de greve irá a todas unidades para reforçar o movimento e para convocar todos os servidores para a assembleia geral do dia 12 de julho, que será realizada na Cidade Administrativa a partir das 14 horas. 

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