Caos na administração da FHEMIG

Caos administrativo na Fhemig leva trabalhadores a paralisar atividades na quarta-feira, 19

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O Sind-Saúde denunciou hoje (12), na reunião da Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS, a situação de desmandos que estão sendo submetidos os trabalhadores da Rede Fhemig. Servidores vão paralisar suas atividades na próxima quarta-feira, 19, contra os abusos representados por atos de gestores a começar pela portaria da presidência da Fhemig confeccionada de forma arbitrária sem o conhecimento dos trabalhadores.            

Conforme negociação entre trabalhadores e governo, os servidores diaristas que trabalharem em dia de feriado teriam direito à folga mais 50% ou então receberiam o valor devido em espécie, como trabalho extraordinário, a partir do momento que existem trabalhadores plantonistas. Essa determinação foi mudada por portaria da presidência da Fhemig que o Sind-Saúde e trabalhadores estão questionando. Representantes da Diretoria da Gestão de Pessoas (Digepe) na Mesa SUS se comprometeram a dar retorno ao Sindicato sobre ao assunto ainda hoje (quarta-feira). 

O Sind-Saúde lembrou que caso a portaria não for revogada imediatamente o serviço de assistência na rede Fhenig pode ficar comprometido nesta Semana Santa que tem a quinta-feira, amanhã, 13, como dia de ponto facultativo podendo ficar desassistido.

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A situação de caos administrativo na Fhemig foi exemplificada também com a sucessão de avaliações de desempenho com a intenção clara de exoneração de servidor. Foi citado o caso dos 17 servidores do Hospital Júlia Kubtischek que tiveram o processo de avaliação de desempenho suspenso – por ação do Sindicato – diante da constatação de irregularidades nos processos. Diretores do Sind-Saúde criticaram o total despreparo dos gestores para conduzir as avaliações levando os servidores à punição arbitrária, não sendo permitida a ampla defesa do contraditório, semnehum conhecimento do decreto.

A proposta da direção assistencial do HJK para restruturação de locais de isolamentos para tratamento de pacientes com tuberculose por bactéria multirresistente, na unidade de forma unilateral pode levar a problemas futuros, já que tais locais já foram tema de ação judicial. A unidade é referência no tratamento da doença e a decisão da gestão coloca em risco gravíssimo a saúde dos pacientes do HJK em geral e também os trabalhadores.

O Hospital Regional João Penido, de Juiz de Fora, foi denunciado na reunião em razão da direção estar sendo denunciada de retirar por completo o descanso noturno dos servidores.

A situação do caos no Hospital João XXIII, maior hospital referência em trauma da América Latina, foi denunciada na Mesa SUS por trabalhadores. As denúncias são de autoritarismo da gestão que vem colocando em ação remanejamentos de forma arbitraria inclusive fazendo B.O contra os servidores que não aceitam tal ação.

Foi informado que um colegiado que teria representação de diretores e trabalhadores foi extinto pela atual gestão do HJXXIII. Queixas graves como precarização de trabalho e sucateamento de equipamentos poderiam ser discutidas neste espaço (colegiado) e assim respeitando a valorização do trabalho e a vida do usuário, sem a necessidade de procurarem o sindicato ou a Mesa SUS para denunciar.

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Na Maternidade Odete Valadares, informou o Sind-Saúde, o diretor que impediu os trabalhadores de participarem de uma reunião agendada. A medida é arbitrária e ilegal.

O Sindicato e os trabalhadores concluíram as falas na Mesa apontando o descaso do Governo com essa instância de negociação ao enviar representantes que não tem o poder de dar respostas efetivas às demandas encaminhadas. Diretores cobraram resolutividade da Mesa e insistiram que as denúncias de hoje sejam levadas ao Ministério Público, às Comissões de Saúde e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), à Ouvidoria de Saúde do Estado e a Procuradoria Geral do Estado.