Sind-Saúde cobra resolutividade da Seplag

Diretores do Sind-Saúde e representantes dos trabalhadores das fundações se reuniram nesta terça-feira (23) com a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e cobraram maior sensibilidade e empenho para resolver as reivindicações dos servidores da saúde.

Diante da afirmação de representantes da Comissão Técnica de que a princípio não será possível atender para esse ano mais nenhuma demanda que gere impacto financeiro, os trabalhadores solicitaram reunião com a secretária de planejamento e gestão e com o secretário de saúde, para que de fato apresentem e deliberem sobre os pontos da pauta. O assessor de relações sindicais da Seplag irá encaminhar a solicitação para os secretários agendarem a reunião e dará a resposta em breve.

Definitivamente, os servidores não irão aceitar passivamente que as negociações terminem sem avanços em determinados pontos.

Renato Barros, diretor do Sind-Saúde, ressaltou que o Sindicato sabe perfeitamente das implicações financeiras de cada um dos pontos reivindicados e que quer respostas fundamentadas sobre cada um deles. “Da mesma forma que fomos respeitosos com o governo ao suspender a greve para iniciar as negociações, esperamos que o governo seja respeitoso conosco e estabeleça negociação de fato”, disse Renato. A comissão dos trabalhadores está empenhada na luta para que as reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas. Algumas delas já foram resolvidas, mas muitas, sobretudo as que envolvem a Seplag, ainda estão pendentes.

Intervenção dos deputados

Mediante o pouco avanço apresentada nas negociações em curso, o Sind-Saúde cobrou do governo a realização de um novo encontro em que cálculos e propostas concretas sejam de fato apresentados à comissão.

Devido ao fato de não ter sido apresentada uma proposta satisfatória, o deputado Carlos Mosconi, atendendo a um pedido da diretoria do Sind-Saúde entrou em contato com a secretária de planejamento e gestão, Renata Vilhena e com a subsecretária de gestão de pessoas, Fernanda Neves, que se comprometeram em agendar para a próxima semana uma reunião entre a Seplag e o Sind-Saúde e que conte com a participação dos parlamentares.

O deputado Mosconi compõe, junto com o deputado Adelmo Carneiro Leão, a comissão de parlamentares que está acompanhando as negociações entre o Sind-Saúde e o governo e é responsável por cobrar caso o governo não cumpra o que foi acordado durante a greve.

Desde o fim da greve, os trabalhadores da saúde estão ansiosos para verem seus direitos respeitados e demonstram empenho e mobilização para voltar o movimento caso as reivindicações não sejam atendidas.

Confira abaixo a relação dos principais pontos que estão pendentes e dos que já foram resolvidos:

Falta avançar:

GERAIS:
– Revisão da estrutura de carreira e do reposicionamento;
– Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução salarial;
– Mudança no referencial de pagamento da insalubridade;
– Melhoria e transparência na proposta da nova política remuneratória.

Fhemig:
– Mudança na origem do pagamento dos plantões estratégicos;
– Critérios para demissão dos contratos;
– Pagamento do abono de urgência e do adicional noturno;
– Padronização e respeito ao decreto dos plantões de 40 horas.

Hemominas:
– Instituição da Parcela Complementar Remuneratória de 20,7%;
– Alteração do índice de promoção interníveis de 18% para 22%;
– Rposicionar corretamente os técnicos.

Funed:
– Instituição da Parcela Complementar Remuneratória de 20,7%;
– Incorporação da GIEFS especial ao salário-base;

Secretaria de Estado de Saúde (SES):
– Insalubridade para todos inclusive aos municipalizados;
– Prêmio de produtividade aos municipalizados;
– Universalização e efetivação da redução da jornada de trabalho dos servidores da Cidade Admnistrativa.

Escola de Saúde Pública (ESP): 
– Revisão do salário dos Técnicos em Educação e Pesquisa;
– Revisão dos critérios dos Analistas em Educação e Pesquisa que têm mestrado e douturado (pesquisadores)
– Criação de creche na Maternidade Odete Valadares que atenda à Escola de Saúde.

Já avançou:

– Criação de data-base (outubro de todo ano);
– Reajuste salarial de 10% (apesar do Sind-Saúde reivindicar 20,7%);
– Criação de creche para atender toda a demanda da Funed;
– Também na Funed: Pagamento das GIEFS às mães em licença e aos contratos;
– Continuação dos contratos da Fhemig que foram aprovados no concurso;
– Concurso público: Hemominas e Funed já estão elaborando o edital, SES fará novo pedido.