Cadê a mudança?

Sindicatos fazem balanço do governo e cobram propostas concretas 

 

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O atual governo estadual se deu um prazo de três meses para tomar real conhecimento das contas do Estado e começar a implementar as  mudanças necessárias que foram explicitamente apontadas no próprio resultado das eleições. Até o momento pouco se foi feito e o Sind-Saúde/MG alerta que os trabalhadores da saúde não vão aceitar o mesmo projeto tucano que faliu Minas Gerais.

 O Sindicato denuncia que a estrutura do Estado continua sendo mantida com os mesmos nomes apadrinhados politicamente pelo PSDB nos espaços de decisão e de comando da gestão. Entre os diversos casos que continuam ocupando cargos de gestão, estão figuras que se colocaram contra os trabalhadores, responsáveis por congelar as carreiras do funcionalismo estadual e descontruir a política de saúde pública no Estado. Assim acontece em escala geral no Sistema Estadual de Saúde.

Com o compromisso assumido publicamente pelo governo Pimentel de democratizar e colocar transparecia no processo de composição dos cargos, inclusive com escuta aos trabalhadores, a categoria da saúde se movimentou espontaneamente para apresentar nomes que comungam com o projeto de saúde pública de qualidade e com fácil diálogo com a força de trabalho.

Até o momento nada foi apresentado pelo governo que colocasse em prática essa estrutura mais democrática de gestão. Antigos gestores, para se manterem no cargo, estão se transvestindo de aliados. Isso aumenta o nível de desconfiança e insatisfação daqueles que acreditaram no processo de mudança

Além disso, os interlocutores do governo mantem os mesmos discursos daqueles que foram derrotados nas eleições.   Não queremos a velha desculpa que o Estado está quebrando e que não tem recurso para descongelar as carreiras e valorizar de fato o funcionalismo.

Está marcado para as próximas semanas a apresentação do balanço do governo e as propostas para negociações com os servidores da saúde. É bom que o governo mostre de fato os compromissos assumidos com a categoria da saúde. Não vamos aceitar nenhuma medida que penalize os servidores.

Os trabalhadores da saúde irão cobrar estas mudanças e estão mobilizados para isto.