Negociação arrastada

Reunião com secretario-adjunto discute várias pendencias 

21 reunião Chico

Os assuntos na maioria são de 2012, mas até na última reunião com o secretário-adjunto de saúde, Francisco Tavares, ainda estão travadas no governo. O Sind-Saúde/MG voltou à Cidade Administrativa na sexta-feira (21) com uma pauta extensa de pendencias nas reivindicações dos trabalhadores que são desenroladas do Acordo de greve do ano passado e do Termo de Acordo da SES, ESP e campus da Unimontes. A reunião teve participação da subsecretaria de gestão de pessoas da Seplag, Cristina Torres, o superintendente de gestão de pessoas da SES, Renato Raso e do jurídico da SES. Veja abaixo os pontos discutidos:

 

Gratificação EPGS na SES – Segundo a SES e a Seplag está “sinalizado positivamente uma gratificação para os EPGS. Segundo o governo, os recursos serão federais e estão em estudo, de acordo com o secretário-adjunto, três propostas que serão apresentadas ao sindicato antes de serem encaminhadas à ALMG. O governo estipulou um prazo para o inicio de agosto para apresentar a proposta. O Sind-Saúde/MG questionou a demora para discussão da proposta efetiva.

AUGAS na SES – O diretor do Sind-Saúde/MG criticou a situação que o governo colocou os servidores de nível fundamental na SES. Com apenas 5% de reajuste, nos níveis 3 e 4 da tabela onde tem o maior número de servidores, houve um achatamento na carreira que foi sentido por todos os servidores no cargo de AUGAS. O secretario-adjunto disse não ter percebido identificado este problema e prometeu avaliar. Já a subsecretária de gestão de pessoas da Seplag, disse que o principal é ver o impacto financeiro que o Estado hoje não tem receita. Ela completou que existe um problema na folha de pagamento, ameaçando para tempos ainda mais difíceis para progressão na carreira. O governo sinaliza com o golpe do reajuste zero.

Abono de emergência Fhemig – Francisco Tavares disse que serão incluídos mais dois setores no abono de emergência. A diretora do SInd-Saúde/MG. Neuza Freitas, afirmou que é um erro discutir a inclusão isoladamente de setores. “Se entraram setores por questões técnicas, é preciso incluir toda a rede de uma forma estruturada. Vocês estão tirando o conceito de CTI e isso é muito grave. Um paciente de CTI é um paciente diferenciado. A estrutura não pode ser considerada enfermaria, isso é muito serio, inclusive do ponto de vista da vigilância sanitária” alertou.

Depois de ouvir os argumentos do Sindicato, o secretario-adjunto deu um prazo até 15 de julho para uma resposta sobre a inclusão de setores da Fhemig no abono de emergência.

Sobre os pagamentos de abono de urgência aos servidores do Sistema de Saúde que estão a disposição da Fhemig e trabalham nos setores incluídos, o governo concordou com a reivindicação do Sindicato e irá pagará adicional. Ainda não foi informado como será feito o pagamento que deverá ser retroativo.

Mesmo abrindo espaço para rediscutir o adicional de emergência, Francisco deixou claro que mantem o acordo sobre a alternativa de criação do adicional de retaguarda.

30 horas – O Sind-Saúde/MG cobrou mais uma vez a efetivação da jornada de 30 horas semanais na Fhemig. Os representantes do governo voltaram a dizer que a criação de novos cargos – fundamental para implantação das 30 horas – precisa passar pela Câmara Técnica que ainda não pautou o assunto. O Sind-Saúde/MG afirma que prazo para implantação efetiva das 30 horas já está no fim e os trabalhadores não podem arcar com a enrolação do governo.


Durante a reunião, ainda foram discutidos assuntos como o adicional noturno na Fhemig, problemas na licença médica na Fhemig, situação das creches,  perseguição sindical na Fhemig com a utilização de corte de dias para atividade sindicais, reposicionamento para servidores que entraram na Justiça, aumento do vale alimentação para todo Sistema Saúde. Todas essas questões aguardam retorno do governo.

Também foi questionado o não pagamento da Gratificação Complementar para servidores da SES que são cedidos aos órgãos que tem o beneficio. Esta ampliação foi negada pelo governo sob o argumento de que a gratificação está ligada a carreira e não à função exercida.