Depois de manifestação do funcionalismo, governo é forçado a apresentar melhoras

Ainda sem nada concreto, o governo de Minas declarou à mídia nesta quinta (18) e sexta-feira (19/03) que dará algum tipo de benefício aos servidores neste ano. Mais comedido que na quinta-feira, o governador resolveu trocar o reajuste por benefícios em sua fala divulgada nesta sexta.  Ao promover esta troca, o governo mantém a política neoliberal dos penduricalhos que podem ser retirados a qualquer momento.  

O Sind-Saúde acredita que as mobilizações dos trabalhadores foram determinantes para as afirmações do governador, mas alerta que o projeto que prevê reajuste não foi apresentado ao Sindicato nem encaminhado à Assembleia (ALMG), onde deve ser votado.

“A grande manifestação do último dia 16 forçou o governo a posicionar-se na imprensa. Precisamos aumentar a pressão para que a saúde não fique de fora” observa Renato Barros, diretor do Sind-Saúde.  

Os trabalhadores da saúde anseiam por um aumento salarial compatível com a defasagem dos salários. Em 8 anos de governo, foram apenas três reajustes que não contemplaram as perdas salariais e o brutal congelamento dos salários da saúde.     

Morde a assopra

Apesar de anunciar um possível reajuste, o governo também já antecipa que não poderá atender as reivindicações e tão menos beneficiar todas as categorias. Ao rifar o funcionalismo na mídia, o governo demonstra que a preocupação é muito mais pela visibilidade do que pelo real e justo aumento salarial dos servidores.

Unimontes

Os trabalhadores da Unimontes fazem assembleia nesta segunda-feira (22/03), às 19 horas. Caso o governo não apresente nenhuma proposta, os trabalhadores poderão definir pela greve por tempo indeterminado.