SUS Vespasiano
Secretário de Saúde vai ao Conselho explicar demora para laboratório inaugurado começar a funcionar
O Conselho Municipal de Saúde de Vespasiano cobrou explicações da Secretaria de Saúde sobre o atraso do funcionamento do Laboratório Municipal, já inaugurado e sobre a falta de medicamentos. Leia, abaixo, o informe publicado ontem (21/02) pelo Conselho depois da reunião em que esteve presente o secretário municipal de Saúde de Vespasiano.
Informe do Conselho Municipal de Saúde de Vespasiano
Devido a tantas reclamações e denúncias acerca do funcionamento do Laboratório Municipal e à falta de medicamentos, o Conselho Municipal de Saúde convocou a Secretaria de Saúde para explicar tais fatos.
Estiveram presentes na reunião o secretário de Saúde, Fabiano Bretas, a secretária-adjunta Simone Costa, a coordenadora do laboratório, Karla Caroline Andrade Vieira, a farmacêutica responsável pelas farmácias, Carolina Alves de Souza (que justificou a ausência e mandou o relatório da farmácia), Marcelo e Djenane.
Com relação ao laboratório foi-nos explicado que a demora pelo não funcionamento do mesmo é porque não existe energia suficiente para funcionar os aparelhos. Acreditem. O Laboratório foi construído, inaugurado, mas é impossível colocá-lo para funcionar porque há baixa potência de energia.
O Secretário disse que já tomou as providências e que a empreiteira da Cemig (Selt ?) pediu um prazo e que até dia 24 ou 25 já terá resolvido a situação. Daí, ainda levará um tempo para que se instalem todos os equipamentos e que se procedam as compras para o mesmo. E assim será possível colocá-lo em funcionamento. Segundo a Karla, o laboratório tem capacidade para realizar cerca de 50.000 exames.
Para alívio dos conselheiros, tanto o secretário quanto a secretária-adjunta negaram que esteja nos planos da Secretaria de Saúde terceirizar o Laboratório.
Com relação à falta de medicamentos, a farmacêutica responsável, Carolina Alves de Souza, mandou um relatório, que foi lido pelo secretário, explicando todas as dificuldades porque está passando, pois não houve licitação no 2º semestre de 2016 para compra de medicamentos.
É sabido que em mudança de gestão quem acaba penalizado são os usuários e trabalhadores do serviço de saúde pois acontece descontinuidade de serviço, faltam insumos, acontecem demissões, troca de coordenações… O que não deveria ocorrer, afinal a saúde é um bem social e com a saúde não dá para fechar para balanço.
Todos os conselheiros se mostraram revoltados com a situação e com a falta de responsabilidade da empresa que construiu o laboratório e com a falta de fiscalização da Secretaria de Obras da Prefeitura. Temos, portanto, que aguardar que as obras do Laboratório sejam finalizadas para que a população possa ser atendida de maneira digna.
Não podemos deixar de registrar a tristeza dos conselheiros de Saúde pela demissão de dra. Silvania Alagia, bioquímica que coordenou por anos o laboratório e sempre defendeu que o serviço laboratorial fosse municipal, eficiente e de qualidade. Os interesses políticos não deveriam prevalecer sobre o serviço público , quando este fosse de qualidade.
Fica aqui registrado o nosso agradecimento à dra. Silvania pelo empenho, dedicação, garra e seriedade com que sempre conduziu o Laboratório Municipal.
