Devo não nego, pago quando puder?

Prefeitura mineira enfim assume que deve pagar insalubridade, mas diz não ter dinheiro para assegurar o direito; trabalhadores poderão parar serviços

Assembleia Salinas

 

A justificativa da Prefeitura de Salinas, Norte de Minas, para negar o pagamento de insalubridade aos(as) trabalhadores(as) da saúde da cidade sempre tinha sido a falta de laudo que comprove o trabalho insalubre. Mas, na última reunião entre o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde Núcleo Regional Montes Claros (Sind-Saúde) e o procurador municipal, dr. Victor Sarmento Petroni Pena Santiago, disse que a prefeitura já tem o estudo com os riscos à saúde dos trabalhadores(as), mas por falta de verba irá  negar o direito. Logo após a reunião que aconteceu nesta terça-feira (01/03), os(as) trabalhadores(as) realizaram Assembleia Geral e definiram que se a prefeitura não recuar, haverá paralisação  na próxima semana.

Salinas procuradoria

Durante a reunião com o Sindicato, o procurador disse que a prefeitura contratou empresa para fazer levantamento técnico; O Sindicato pediu cópia do documento e questionou sobre os prazos para que o pagamento da insalubridade passe a valer. Até o momento, a prefeitura não apresentou o estudo e não garantiu que irá cumprir com o determinado pela pericia.

Em assembleia, os(as) trabalhadores se indignaram com a postura da prefeitura e marcaram nova assembleia para a próxima semana. Se o governo municipal não der respostas, a categoria promete paralisar as atividades em protesto ao não pagamento. Os(as) trabalhadores(as) voltam a se reunir no dia 09 de março (quarta) às 17 horas na Câmara Municipal de Salinas.

Péssimas condições de trabalho

Além da insalubridade, os(as) trabalhadores(as) da saúde denunciaram a precariedade das condições de trabalho. Uma das queixas que foram levantas pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que dividem um único computador para enviar os dados coletados para o sistema. Segundo os relatos, depois de um dia inteiro de visitas, os ACS precisam retornar à unidade e “disputar” pela máquina para digitalizar todas as informações dos moradores. A internet lenta contribui para formar o caos na unidade de saúde todo fim de tarde.     

Assembleia Salinas ediné