Trabalhadores da ESP protestam na rua

Trabalhadores da Escola de Saúde Pública protestam e se mobilizam contra atraso e parcelamento dos salários

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Trabalhadores e trabalhadoras da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP/MG) começaram a semana indo para as ruas denunciar o descaso do governo com a instituição. Eles criticam mais um atraso no parcelamento do salário, desta vez a terceira parcela, que está pendente de pagamento desde o dia 31 de agosto – data prevista na escala de pagamento do governo divulgada no começo do mês passado. A segunda parcela também foi paga com atraso.

“A saúde vai morrer, servidor sem receber”, foi o grito dos trabalhadores da ESP levado para o cruzamento das avenidas do Contorno e Augusto de Lima na manhã de hoje. Reunidos, eles também decidiram que vão participar de protesto e assembleia na próxima quarta (05), na Cidade Administrativa.

A servidora Ana Flávia Quintão (foto abaixo), professora da Escola, conta que a decepção com o governo começa pelo fato de o mesmo ser de um partido que deveria defender os trabalhadores. “Mas o que a gente vê é que o governo Pimentel está penalizando os mais vulneráveis que são os servidores”, critica.

Ana Flávia Quintão

Ela lamenta que a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais, que contribui com a formação de sanitaristas de todo o Brasil, fortalecendo os estudos sobre saúde coletiva, esteja sendo constantemente ameaçada de fechamento. “As tentativas de fechamento foram recorrentes neste governo que fragilizou a Escola ao retirá-la da Secretaria Estadual de Saúde e passar para a Secretaria de Governo”, conclui.  

As trabalhadoras Sheylla Coutinho e Ana Lúcia Moreira (na foto abaixo) concordam que a escalada de descaso com Escola só vem aumentando por parte do governo, desde o descumprimento do acordo de greve de 2016, passando pela falta de autonomia administrativa e culminando com o atraso e parcelamento dos salários.

Trio das meninas

“Com esse atraso do parcelamento a indignação aumentou”, resume Ana Lúcia que acrescenta: – Onde já se viu? Trabalhar o mês inteiro e ter que ir para a rua lutar para receber e parcelado, sem saber quando? Além de ser crime doloso a retenção salarial, o recebimento é constitucionalmente garantia do trabalhador. O governo está pisando na Constituição. A Escola de Saúde de Minas capacita os atendentes do SUS, mas junto com o SUS a saúde e os servidores estão adoecendo”, finaliza.

Os trabalhadores da ESP denunciaram que os atrasos no pagamento estão gerando graves consequências para a categoria com servidores se endividando e tendo as relações familiares abaladas.

Servidores da Escola prometem aumentar a mobilização junto aos colegas e devem engrossar o coro dos trabalhadores da saúde na quarta, a partir das 10 horas, na Cidade Administrativa.

Motociclista

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