Servidores municipais de BH recusam proposta e deflagram greve

Funcionalismo não aceita reajuste de 4% em duas parcelas e exige retomada de negociações com a PBH

 

Os servidores públicos municipais de Belo Horizonte iniciaram, nesta quinta-feira (15 de abril), uma paralisação de advertência, pelo menos até segunda-feira (19), para forçar a Prefeitura a apresentar uma nova proposta de reajuste. Os funcionários da PBH, a maioria da área de saúde, rejeitaram, em assembleia realizada nesta quinta-feira na Igreja de Cristo, no Centro da capital Mineira, contraproposta de aumento de 4%, divididos em duas parcelas (a primeira em abril e, a segunda, em setembro), apresentada pelo secretário adjunto de Recursos Humanos, Marcos Serrano.

 

 

Após a assembleia, os servidores públicos saíram em passeata até a porta da Secretaria Adjunta de Recursos Humanos (Smar) , na Rua Espírito Santo, Centro de Belo Horizonte, onde fizeram uma concentração até o início da tarde.

 

Uma comissão de negociação, formada por integrantes do Sindibel-BH e o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), com a ausência de Serrano, foi recebida pela  chefe de Gabinete da Secretaria, e apenas comunicou que a greve estava deflagrada e, enquanto a Prefeitura não apresentar uma proposta concreta, os servidores da PBH continuarão parados. A comissão também exigiu uma reunião com o prefeito Márcio Lacerda (PSB) e o secretário de Planejamento, Orçamento e Informação, Helvécio Magalhães, para negociar a pauta de reivindicações do funcionalismo municipal.

 

Para o presidente da CUT/MG, Marco Antônio de Jesus,  a administração do prefeito Márcio de Lacerda não respeitou nem ao menos a comissão de negociação. “Nós, da comissão, fomos acompanhados por um guarda municipal até dentro do elevador. A representante da Prefeitura que nos atendeu nem ao menos conhecia a pauta de reivindicações dos servidores municipais. Nós exigimos uma reunião com o secretário Helvécio Magalhães e o prefeito. Enquanto a comissão de negociação não for atendida a greve tem que continuar.”

 

 

A presidente do Sindibel-BH, Célia Lelis, disse que 90% dos servidores da saúde já estavam parados nesta quinta-feira.  Segundo ela, uma assembleia vai ser realizada na segunda-feira (19), na Câmara Municipal, depois da Audiência Pública da Beprem. “Caso não tenhamos nenhuma resposta da Prefeitura, continuaremos em greve por tempo indeterminado.”

 

 

Pouco antes da comissão retornar à manifestação, o presidente do Sindicato dos Odontologistas de Minas Gerais, Luciano Elói Santos, tentou entrar na Secretaria para acompanhar as negociações e foi empurrado por uma guarda municipal. “Esse é o recado da ditadura que está sendo imposto. A Guarda Municipal está sendo usada para impedir um representante de uma categoria de acompanhar um movimento legítimo”, protestou Luciano Elói.

 

Fonte: CUT – MG