Salve o Júlia: Presidente da Fhemig diz que Maternidade do HJK não será fechada
Fechamento de leitos ainda deve ser realidade e ações para “salvamento” estão focadas no médico
Sem garantir o funcionamento total, o presidente da Fhemig, Antônio Carlos de Barros Martins garantiu que a Maternidade do Hospital Júlia Kubitschek (HJK), no Barreiro, não será fechada. O compromisso foi feito durante a reunião do Conselho Estadual nesta quarta-feira (21). O encontro foi convocado para discutir os problemas do HJK denunciados pelo Sind-Saúde/MG, mas as direções do HJK e da Maternidade Odete Valadares não compareceram.
O diretor do Sind-Saúde, Renato Barros criticou a ausência do Estado na manutenção do funcionamento da Maternidade. “Estamos tendo perda de quadro de funcionários e fechamento de leitos. O berçário já está fechado e a Maternidade corre o mesmo risco. Temos uma responsabilidade do Estado e falta uma gestão de política de saúde”, disse Renato. Ele criticou também a falta de infraestrutura e informou que um laudo apresentado por um engenheiro do trabalho mostrou que a caldeira do Júlia corre risco de explosão além de outros graves problemas. O presidente disse que a caldeira provavelmente será desativada.
Focado nos médicos, o presidente da Fundação apresentou ações que estão planejadas para tentar sanar a crise. Tornar ilimitado o número de plantões estratégicos e reajustar os seus valores, estabelecer contratos administrativos (RPA) e realizar concurso público foram citados como soluções para a Fhemig. O processo seletivo já vem sendo feito.
Sem informar quais cargos serão abertos no concurso, o presidente afirmou que o Edital será publicado no primeiro semestre. Segundo ele, o governador autorizou a contratação por um período temporário para este momento emergencial. Ele também informou que esteve reunido com oito neonatologistas que se comprometeram a aguardar as soluções da presidência e não abandonar o trabalho.
Renato Barros afirmou que as alternativas colocadas pela presidência não resolvem todo o problema. Segundo ele, a complementação da renda com carga horária excedida prejudica o trabalhador e o atendimento.
O Conselho deliberou a formação de uma comissão com a participação dos sindicatos para acompanhar a revisão e reestruturação do plano de carreira. O presidente do Conselho, Geraldo Heleno, apontou a necessidade de ampliação da composição que era formada pelo Sindicato dos Médicos, pelo Conselho Regional de Medicina e a direção da Fhemig. Agora o Sind-Saúde terá representação com a participação do diretor Renato Barros.