Reajuste proposto é de ZERO
Nenhum centavo é o que o governo propôs para a 1ª data-base do funcionalismo estadual
Em reunião do Comitê de Negociação Sindical (Cones) desta quinta-feira (11), os secretários de planejamento e gestão, Renata Vilhena e da fazenda, Leonardo Colombini, impuseram a proposta do governo de que na data-base desse ano o reajuste é zero, ou seja, nada de reajuste em 2012. O Sind-Saúde e todos os sindicatos presentes foram contrários e irão se unificar para lutar por um reajuste digno.
Apesar de a arrecadação de Minas Gerais ter sido relativamente elevada – 10% em 2011 -, o governo, na primeira data-base da história do funcionalismo estadual, desrespeitou os servidores e com desculpas esfarrapadas (como “crise mundial”) deu a péssima notícia e sequer abriu para negociar. A secretária de planejamento disse que essa é a proposta do governo e que vai levar a indignação dos representantes sindicais para o governador em reunião na segunda-feira (15). Ela não quis agendar data de uma reunião de retorno com os sindicatos, e reforçou que a proposta é a posição do governo.
Veja alguns argumentos utilizados pelo Sind-Saúde e demais sindicatos presentes para se contrapor à proposta do governo:
– Os 5% dado em abril foi parte do reajuste conquistado em 2011 – tanto é que foi retroativo a outubro de 2011;
– Algumas categorias, como os médicos, tiveram reajustes diferenciados;
– A terceirização tira muito dinheiro do governo (em algumas áreas, inclusive, servidores da MGS ganham mais que servidores efetivos);
– Aumento salarial de servidor público traz retorno para a economia do Estado. É, portanto, um investimento e não um gasto;
– Para o servidor não tem dinheiro, mas para obras desnecessárias e para dar incentivos fiscais para grandes empresas, tem;
– O cenário da economia brasileira não é ruim: o PIB está aumentando e os juros estão caindo;
– A arrecadação de Minas em 2011 foi elevada, dando margem para reajuste. Para o ano que vem a situação pode estar pior, portanto pode ser que não teremos de fato condições para ter reajustes;
– O governo tem que usar 100% da variação positiva de arrecadação dos impostos para a política remuneratória, e não só 55%;
– O governo tirou a categoria da educação do reajuste de 5% em abril e agora usou o suposto “aumento” dos gastos com o subsídio para argumentar impacto na folha;
– Mais uma vez o governo não negociou, apenas mostrou os números e impôs a proposta.
Prêmio por produtividade
Durante a campanha eleitoral, o governador havia criado a expectativa de que o prêmio por produtividade seria pago em novembro. Porém, na reunião desta quarta, a secretária de planejamento e gestão, Renata Vilhena anunciou que o governo só pagará o prêmio no primeiro trimestre de 2013 (sem data definida), o que certamente gerará muita insatisfação nos servidores.
Só com luta é que iremos desfazer as mentiras deste governo do “choque de gestão” e conquistar um reajuste digno. Não vamos aceitar reajuste de zero! Vamos atrás da reposição da inflação e dos ganhos reais!
Vamos pressionar para que o projeto do acordo de greve seja votado com agilidade na assembleia e seja extendido para os setores que não foram contemplados (SES, ESP e campus da Unimontes) e que o governo de fato apresente um índice salarial para a data-base de 1º de outubro.
Na assembleia geral da saúde a ser realizada dia 17 de outubro, às 14 horas, no Pátio da ALMG, iremos debater as nossas ações para fazer frente a esse governo, que maldosamente não valoriza o servidor público do Estado.
Clique aqui para acessar a cartilha elaborada pelo Sindifisco-MG que demonstra todos os números do governo e reforça que há sim margem para ser concedido reajuste.