Paralisações pontuais

2 de dezembro de 201622 de dezembro de 2020 Imprensa

Mobilizações em dezembro marcam insatisfação de servidores da saúde com governo estadual

Os servidores da saúde de Minas Gerais definiram uma jornada de paralisações nas unidades de saúde do Estado em desagrado à enrolação do governo nas negociações deste ano. A decisão foi feita pela categoria reunida em Assembleia Geral realizada nesta sexta-feira (02/12) no pátio da Assembleia Legislativa. No apagar das luzes de 2016 o governo apresentou propostas que avançam em determinados pontos, mas reivindicações prioritárias como a redução da jornada de trabalho, revisão do plano de carreiras e recomposição das perdas salariais não tiveram respostas do governo. Além de atrasar e parcelar os salários, o governo não pronunciou até agora sobre o pagamento do 13º salário, o que também indigna os trabalhadores.

mãos levantadas

Durante a reunião com a SEPLAG, no dia 21 de novembro, o governo se comprometeu a encontrar uma forma legal e permanente para que nenhum trabalhador da área da saúde receba um salário inferior ao mínimo, como é o caso da carreira dos AUGAS atualmente. Segundo a gestão, será enviado um anteprojeto de lei à assembleia propondo a alteração.

Além disso, o documento da reunião (veja aqui) deixa claro que o auxílio-creche para os trabalhadores da ESP-MG deve ser viabilizado urgentemente. Será reativado também o Grupo de Estudo das Carreiras dos servidores. Por fim, o governo se compromete a criar uma mesa de diálogo permanente com o Sind-Saúde.

mesa diretora 1

Na assembleia a direção do Sindicato apontou que o governo estadual não mudou o modelo econômico e que ainda deixa de arrecadar bilhões em subsídios e renúncia fiscais. Isso beneficia as grandes empresas e joga nas costas dos trabalhadores o ônus da atual crise econômica vivida no Estado e no país.

O trabalhador está cansado de tanta enrolação e denunciou que o governo não está honrando seus compromissos e exige o cumprimento total do acordo de greve. Por isso, a estratégia é pressionar o governo permanente e incansavelmente até o acordo ser cumprido. Ficou acordado na assembleia que os servidores farão paralisações pontuais em unidades de saúde da capital e em todo sistema estadual de saúde neste mês de dezembro.

Muitos estados brasileiros já conquistaram às 30 horas na saúde conforme a determinação da carga horária para o setor. A luta tem que continuar e os trabalhadores precisam estar mobilizados para garantir os seus direitos.

mesa diretora e trabalhadores