Insegurança total em Patos

Boatos, ameaças e ações arbitrarias deixam servidores da saúde em pânico


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O clima não poderia estar pior para os servidores da saúde de Patos de Minas. Ameaças de exonerações, atraso no pagamento, demissão do secretario de saúde fazem um caos na vida dos(as) trabalhadores(as) da cidade. Aliado a isso, o diz-que-me-diz que tomou conta dos locais de trabalho. 

 

A preocupação dos(as) trabalhadores(as) tem outros motivos também. Em recente entrevista à uma emissora local, o superintendente da Gerência Regional de Saúde (GRS), Lindomar Babilônia, afirmou que conforme pactuação do município com a União, cada agente poderá atender 750 famílias. Para os agentes, essa argumentação pode ser usada pela prefeitura para diminuir número de agentes. Mesmo sem posição oficial da prefeitura, a insegurança tomou conta da categoria. Além disso, o histórico da demissão arbitraria de cinco agentes aumenta o tormento. Sem receber nenhuma documentação, os agentes foram exonerados com um telefonema. Desacreditados da forma informal de demissão, alguns agentes continuaram batendo ponto e trabalhando normalmente. 

 

Como se não bastasse, a aflição da categoria se agrava: nesta quinta-feira(01) o secretário de administração passou a assumir a pasta da saúde. Como a troca é recente, a categoria ainda não avalia o que representa a mudança. A mudança veio após a exoneração do secretário de saúde, que também foi vista com surpresa pelos(as) trabalhadores(as).   

 

Atraso no pagamento  

 

Somado a tudo isso, faltando dois dias para receber o pagamento, o funcionalismo municipal recebeu comunicado da prefeitura que o salário só seria pago no dia 13. Segundo servidores que conversaram com a reportagem do Sindicato, essa foi a primeira vez que a prefeitura atrasou o salário. Os(as) trabalhadores(as) ouvidos(as) disseram que os últimos acontecimentos deixaram todos(as) perdidos(as) em um clima de caos. 

 

Em meio ao caos instalado, o Sind-Saúde/MG buscou informações sobre o repasse do governo federal e não houve nenhum corte. Inclusive a assistência financeira complementar de 95% para ajudar no vencimento dos agentes foi de R$600.000,00. Do início de 2015 até agora, a prefeitura de Patos de Minas recebeu da União mais de R$44 bilhões (exatos  R$44.545.131,40).

 

O Sind-Saúde/MG repudia as ações desastrosas da prefeitura e exige o tratamento com respeito dos servidores. O Sindicato alerta ainda que a exoneração de ACS e ACE não podem acontecer a revelia da lei.