Centrais sindicais lançam campanha pelo piso salarial mineiro

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Nesta segunda-feira (23) no auditório do Sindicato dos Comerciários foi lançada a campanha pelo piso salarial do estado de Minas Gerias. Estiveram presentes representantes da CUT/MG, NCST, CTB, UGT, Força Sindical e CGTB, militantes e deputados. Para dar embasamento técnico ao projeto as entidades contam com as pesquisas – específicas – feitas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Sind-Saúde/MG defende o piso salarial Regional tendo em vista a interface com o serviço público estadual.

 

O representante da CUT, Carlos Magno, relembrou a trajetória de construção do projeto: “O nascimento da proposta veio a partir da análise do desempenho econômico de Minas. Esta proposta foi levada para os trabalhadores e construída com eles”. Carlos ressaltou a importância da campanha que cria um espaço para o diálogo com a sociedade no momento da coleta de assinaturas. “Ao longo desse caminho esta agenda, pautada pelo movimento sindical, pode ser ampliada e outros assuntos podem ser levados ao público, por exemplo, à luta pela redução da carga horária”, concluiu.

 

A necessidade do engajamento de todos nessa campanha foi ponto colocado por muitos durante o evento. “Essa luta é de todos. Devemos levar essa campanha para os sindicatos e para a população. Precisamos tencionar as bases para fortalecer essa luta, só assim teremos êxito”, afirmou o representante da CTB, Gilson Reis.

 

A representante do Dieese, Maria de Fátima, apresentou dados de 2010 sobre o perfil dos trabalhadores com menores remunerações do estado de Minas Gerais. As estatísticas servem para rebater as falas negativas ao projeto por parte dos empresários. “O piso não contempla o servidor público e também não é automático para todos. Ele será aplicado para os trabalhadores que não tem acordo coletivo. Mas o piso se torna um balizador para as negociações dos trabalhadores com os patrões e dos trabalhadores com o governo”, explicou Fátima.

 

A bancada de oposição na Assembleia Legislativa apoia o projeto. Os trabalhadores contam com a coleta de assinaturas para sensibilizar demais parlamentares. Por isso após o evento os participantes seguiram para a Praça Sete, no centro de Belo Horizonte. No local foi montada uma barraca para a coleta das assinaturas que deve permanecer até o dia 30 de maio.