Casa de Saúde Santa Izabel
Sindicato, trabalhadores e comunidade da Casa de Saúde Santa Izabel se reúnem
com presidente e gestores da Fhemig
A proposta seria que, na manhã desta quinta-feira (25), conforme acordo entre o Sind-Saúde, representantes da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Governo (Segov), Francisco Eduardo Moreira, fosse realizada reunião na Colônia Santa Izabel com a presença do presidente da Fhemig, Tarcísio Dayrell. No entanto, após sermos surpreendidos com a transferência desse encontro para a sede da Fundação, o Sindicato mostrou seu potencial de mobilização e lotou o auditório da Administração Central. Também participaram da reunião Ana Costa Rego, diretora da Diretoria de Gestão de Pessoas (Digepe), a auditora-chefe da Fhemig, Ana Carolina, trabalhadores e ex-bolsistas da comunidade da Casa de Saúde Santa Izabel.
Inicialmente, o presidente da Fundação solicitou que a auditora da Fhemig explicasse o passo a passo da auditoria realizada na unidade. A auditora explicou todo o andamento e os futuros passos do processo. Em seguida, foi apresentada à gestão da Fundação toda a preocupação dos trabalhadores e da comunidade quanto à gestão da regularização fundiária das terras da Fhemig pois, segundo os mesmos, tal procedimento pode estar sendo usado por terceiros com objetivo político. Outra preocupação é a forma como essas terras vêm sendo distribuídas.
O presidente assegurou que todo o processo foi feito entre governo do Estado, Fhemig e Assembleia Legislativa. Ressaltou que o processo não tem a participação de pessoas físicas e que toda a forma de distribuição das terras será rigorosamente acompanhada pela gestão da Fhemig.
Outros pontos discutidos foram as condições de trabalho e a falta de insumos básicos no atendimento ao usuário do SUS, destacando inclusive a falta de vários equipamentos – patrimônio da unidade e que são essenciais no atendimento ao paciente. Foi relatado aos gestores que tais equipamentos não estão sendo encontrados na unidade, o que foi denunciado desde meados do ano passado. A resposta às denúncias tem sido a perseguição aos trabalhadores que, cumprindo seu dever, relataram a falta dos equipamentos públicos.
Mais uma denúncia apresentada foram os privilégios direcionados a algumas pessoas em detrimento de outras. Foi enfatizado inclusive a questão da ameaça aos trabalhadores que na época fizeram as denúncias. O problema chegou ao cúmulo de se ter que lavrar mais um boletim de ocorrências pelos trabalhadores pedindo segurança devido às ameaças que persistem, advindas de pessoas que não trabalham na unidade e que, no entanto, têm livre acesso a todos os setores, incluindo todo o complexo e até mesmo a documentos da unidade.
Foi também enfatizado ter sido necessário lavrar em B.O. o sumiço de relatório que no caso seria a principal prova da auditoria. Foi explicado ainda que relatos e denúncias feitas em relação à referida unidade estão sendo repassados à gestão denunciada o que acarreta aumento de tensão e perseguição direta a quem fez a denúncia.
Foi ainda pedido aos gestores, providência imediata quanto à questão do NEP que, segundo informado, passa a maior parte do tempo de portas fechadas, sendo que ninguém é localizado no local. E que nada é repassado aos trabalhadores e à comunidade da unidade. E o mais grave: qualquer curso ou evento, além de não ser divulgado, fica restrito a um grupo de Watts App, a pessoas escolhidas a dedo que têm tais informações, inclusive quanto à distribuição de cursos, incluindo mestrados.
Diante da gravidade das denúncias, como o presidente teve que se ausentar antes do término da reunião, a diretora Ana Costa Rego deverá repassar os fatos relatados à presidência. Além de agendar com o presidente da Fhemig nova data de encontro com os trabalhadores e a comunidade para dar RESPOSTA sobre a pauta já protocolada e às denúncias hoje reiteradas. Durante a reunião também foi lavrada uma ata pela assessoria da Digepe.