Buenópolis: total desvalorização dos trabalhadores da saúde

Analisando os valores recebidos pelos municípios e o que foi gasto na folha, nota-se que a desvalorização dos trabalhadores não é por motivo de falta de recursos, mas sim falta de vontade da administração.

Enquanto isso os profissionais de saúde amargam anos sem aumento real, sem carreira e valorização. É lamentável a falta de empatia por parte de secretários de saúde e administração com a força de trabalho. Os trabalhadores da saúde cuidam de pessoas fragilizadas que demandam atendimento especializado e cuidados permanentes. Em contrapartida, profissionais sobrecarregados, com ambientes de trabalho precários e equipamentos sucateados, em situações insalubre em prédios com goteiras, macas e cadeiras quebradas e muito mofo.

A pandemia mostrou para o mundo as condições em que esses profissionais exercem seu ofício e, no entanto, nada mudou de lá para cá. Salários sem reajuste e ganho real, chegando a ser engolido pelo salário mínimo, causando o achatamento dos salários.

A política de financiamento da Atenção Básica mudou, mas se o gestor municipal fizer o cadastro dos usuários que residem no munícipio o mesmo manterá sua arrecadação. Justificar o abandono dos trabalhadores da saúde ao longo dos anos não é só desumano é nada mais que falta de planejamento administrativo.

Como nota-se nas informações do Tribunal de Contas no quadro abaixo, o município não atingiu o limite prudencial e ainda tem margem financeira para conceder reajuste aos trabalhadores, o que falta é vontade política.

Os dados foram extraídos do programa Fiscalizando com o TCE-MG.

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