Avanços e novas reivindicações apresentados na Mesa SUS

Na manhã dessa quinta, foi realizada mais uma reunião da Mesa Permanente de Negociação do SUS. O encontro foi na Escola de Saúde Pública do Estado (ESP-MG).


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Trabalhadores(as), representantes de entidades e da Secretaria Estadual de Saúde se reuniram na manhã dessa quinta-feira, 17/03, para mais uma reunião da Mesa Permanente de Negociação do SUS. O Sind-Saúde apresentou reivindicações importantes, que já vem sendo trabalhadas pelo Sindicato, junto aos trabalhadores(as).


Uma delas é referente à intensa sobrecarga de trabalho no Hospital Júlia Kubitscheck, desde o último dia 14 de março. O Sind-Saúde relatou que desde essa data, a Prefeitura de Belo Horizonte montou um posto de atendimento de pacientes com sintomas de dengue dentro do Hospital, em que trabalhadores do próprio Júlia estão sendo obrigados a trabalhar. A denúncia é que essa ação está gerando uma sobrecarga de trabalho, principalmente para a enfermagem, que já trabalha com um quadro de funcionários reduzido. Outra denúncia grave feita à mesa é que os enfermeiros(as), na classificação de risco, tinham que solicitar exames dos pacientes com dengue, sem o protocolo.

 

O Sindicato solicitou intervenção da Mesa, pois a situação está impactando diretamente os trabalhadores e também os usuários que buscam atendimento nesse posto.  O Sindicato informou que a denúncia já foi oficializada a vários órgãos, como os Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, Conselho Regional de Enfermagem e presidência da Fhemig.

 

Também foi informado que no mesmo dia seria realizada uma audiência pública na Câmara Municipal para discutir como a falta de funcionamento do Hospital do Barreiro sobrecarrega diretamente o Hospital Júlia Kubitscheck.

 

O subsecretário da SES, Pedro Mousinho, se comprometeu a levar o caso para a Secretaria e buscar uma saída junto à Prefeitura de Belo Horizonte, responsável por esse tipo de atendimento.

 

Outra demanda levada pelo Sind-Saúde é referente à situação dos trabalhadores do Hospital Alberto Cavalcanti. Conforme assumido pelo próprio Sindicato, o caso foi apresentado na busca por uma mediação imediata. Foram relatados os problemas estruturais e gerenciais do Hospital, além de destacar os recentes casos de remanejamento de servidores, ação que reflete um panorama de assedio e perseguição por parte da diretoria do Hospital. O Sind-Saúde ressaltou que a Fhemig precisa atuar de forma mais direta nesse caso, mas ultimamente há falta de respeito e diálogo com os trabalhadores. O Sindicato ainda afirmou que não é possível aceitar uma construção com gestores autoritários, que não ouvem para governar. O subsecretário se comprometeu a acompanhar o caso e trazer o tema para a Mesa, além disso assumiu que é necessário buscar uma mediação junto a Fhemig.

 

 

AVANÇO:

Na reunião de hoje também foi apresentada uma conquista importante. Trata-se do pagamento do abono de R$ 190,00 aos ex-bolsistas das colônias da Rede Fhemig, reivindicação há muito tempo apresentada ao governo. Foi informado que a questão jurídica já foi resolvida e no mês próximo mês os ex-bolsistas já terão o abono de R$ 190 incorporado ao salário. Falta confirmar como será feito o pagamento retroativo do abono.

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EM DEFESA DA ESP:

Trabalhadores da ESP presentes na reunião questionaram se a reforma administrativa anunciada pelo governo irá impactar a Escola. Os representantes da SES afirmaram que qualquer mudança referente à saúde deverá passar pela avaliação da SES e que este é um momento de construir transparência, escutando trabalhadores e entidades. O Sind-Saúde ressaltou o papel da ESP na formação dos profissionais e espera que a escola se fortaleça, para que o próprio trabalhador possa se apropriar desse espaço.

 

Outra proposta levada à Mesa é que servidores da saúde tenham direito à licença para acompanhamento médico de pai, mãe e filhos(as).  A ideia é que a proposta se estenda também à licença para amamentação. O tema ainda será debatido com SES e a foi apontada a necessidade da Seplag participar dessa construção.

 

O Sind-Saúde enfatizou no final da reunião a importância de fortalecer as mesas setoriais, para avançar nos encaminhamentos e para ampliar a participação e o diálogo. Cobrou também que o governo priorize a saúde, ressaltando que a construção da redução da jornada de trabalho, sem redução salarial é fundamental.