Audiência Pública volta a discutir problemas da Cidade Administrativa

Depois de janelas caírem, locais com alagamentos, apagão de luz, rachaduras no teto e nos pisos, desabamento da encosta e questionamentos sobre a suposta economia da Cidade Administrativa, uma audiência pública foi realizada nesta quinta-feira (8/5) na Assembleia Legislativa (ALMG) para discutir os problemas da nova sede do governo. A maioria das queixas apresentadas pelos representantes dos trabalhadores foram as mesmas apontadas há mais de 6 meses em outra audiência sobre o assunto. Segundo os trabalhadores, a falta de resolução dos problemas anunciados aumentam os riscos e a insatisfação de quem trabalha na Cidade Adminsitrativa.

Para mostrar a situação aos parlamentares, a representante dos trabalhadores Carla Anunciatta, apresentou um registro fotográfico que ilustra os problemas diários. Banheiros que atendem ao número excessivo de trabalhadores, longe dos locais de trabalho e com constantes casos de entupimento foram colocados como uma das questões que atrapalham o trabalho dos servidores. Outro ponto que preocupa os trabalhadores na questão da saúde do trabalhador é a qualidade da água e alimentação.

Segundo Carla Anunciatta, os restaurantes não têm alvará da vigilância sanitária e com poucos bebedouros domésticos os trabalhadores passaram a ter problemas gastrointestinais pelo consumo de água. Carla Annunciatta também cobrou a redução da jornada de trabalho para todos.

O diretor do Sind-Saúde, Renato Barros, apresentou a pauta de reivindicação dos trabalhadores da CAMG entregue em 4 de janeiro do ano passado e que quase nenhum item foi respondido. Renato também criticou o transporte oferecido aos trabalhadores e a falta de creche para os filhos das mães trabalhadoras.

Apesar de não responder às questões apresentadas, a representante do governo, Renata Resende defendeu o projeto da criação da Cidade Administrativa. As vagas de estacionamento, colocada por ela como um fator positivo, foi questionado pela coordenadora do SindUTE, Beatriz Cerqueira.

“Existe um grande problema quando o governo agrupa 17 mil servidores e concede apenas 2.500 vagas de estacionamento” criticou Beatriz. A coordenadora do SindUTE também questionou a suposta economia do governo com a criação da Cidade Administrativa.

Além do deputado Rogério Correia, o deputado Sávio Souza Cruz também criticou duramente o projeto da Cidade Administrativa. Sávio Souza Cruz afirmou que a nova sede do governo foi pensando em uma lógica marketing eleitoral. Segundo ele, a mudança foi baseada em uma lógica administrativa da década de 50, voltada para concentrar os servidores e órgãos públicos. Esse modelo, de acordo com ele, não condiz com a mobilidade urbana concentrar 17 mil pessoas num mesmo lugar.

Para defender o governo, participaram da audiência o diretor da Codemig, Marcelo Arruda, e os deputados Gustavo Valadares, João Leite, Bosco e Tiago Ulisses.

Ao final da audiência, o presidente da Comissão de Participação Popular, André Quintão defendeu a criação de uma agenda de reuniões com o objetivo de solucionar os problemas apresentados.


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