Proposta só de 5%

Governo apresenta proposta de reajuste de apenas 5% para SES, ESP e campus da Unimontes

2012-12-26 16.26.35

Atualizado dia 28/12, às 14h20

Após pressão do Sind-Saúde e dos trabalhadores, o governo enfim marcou reunião de negociação para esta quarta-feira (26), mas a proposta apresentada foi de apenas 5% de reajuste do vencimento-base para os servidores que foram excluídos da gratificação complementar, que são os da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Escola de Saúde Pública (ESP) e campus de Unimontes.

De acordo com a proposta, o reajuste seria implementado apenas quando uma nova lei fosse aprovada, o que acabaria demorando provavelmente até meados de março. O Sind-Saúde criticou a proposta e reivindicou que, no mínimo, o reajuste seja retroativo a 1° de agosto de 2012. A subsecretaria de gestão de pessoas, Fernanda Neves disse que levará esta contraproposta ao governador e dará a resposta em breve. O secretário adjunto de saúde, Breno Henrique Avelar e o superintendente de gestão de pessoas da SES, Renato Raso também participaram da reunião.

O Sind-Saúde e os trabalhadores não podem aceitar essa proposta absurda, e, logo no início de 2013, têm que ir às ruas exigir que se o governo for antecipar a data-base que seja com um reajuste digno e isonomia de tratamento. 

Nada de isonomia

Os diretores do Sind-Saúde e os representantes dos trabalhadores presentes à reunião reforçaram que o governo não está tratando a saúde como um todo e de modo isonômico. “Não podemos tratar os que são iguais de forma diferenciada. A expectativa dos trabalhadores é que o governo fosse apresentar proposta  de isonomia de tratamento”, disse o diretor do Sind-Saúde, Renato Barros. Ele lembrou que Minas Gerais está perdendo quadros e continuará perdendo, em virtude da falta de reconhecimento e valorização.

Outro diretor do Sind-Saúde, Paulo Carvalho relembrou que os trabalhadores da saúde estadual amargam vários anos de perda de poder aquisitivo e que agora continuarão perdendo, pois o 5% não recupera nem a inflação de 2012.

Parece que o governo trata a Secretaria de Saúde como não sendo parte da saúde. A posição da Seplag, na figura da subsecretária, é que a SES tenha o mesmo tratamento das demais secretarias. Mas, na visão do Sindicato, a SES tem que ser reconhecida como parte do sistema estadual de saúde.

ESP
O governo, que havia se comprometido a estender a gratificação complementar aos servidores da Escola de Saúde Pública, disse que essa discussão específica ficará para o início de 2013 e que dependerá de negociação entre a SES e a Seplag.

Unimontes

Segundo a subsecretária Fernanda Neves, o reajuste de 5% será para todos os servidores da Unimontes, mas aqueles que foram contemplados com a gratificação complementar terão o reajuste inserido dentro do montante da gratificação.

Insalubridade aos municipalizados

Mais uma vez o Sind-Saúde cobrou o pagamento da insalubridade aos municipalizados. A subsecretária disse que olhará como anda a “covalidação” dos laudos dos servidores que já foram enviados à Seplag desde o meio do ano. Segundo ela, provavelmente o pagamento será retroativo.

Plano de Carreira

O governo fez compromisso de começar em fevereiro a discussão da proposta do Sind-Saúde de reestruturação do Plano de Carreira dos servidores do sistema estadual de saúde.  O governo garantiu que até meados de junho todo o debate terá sido feito.