ESTADO DE GREVE
Negociação com governo tem última data para que acordo de greve saia do papel
No mesmo dia em que a classe trabalhadora tomou às ruas em todo o Brasil contra os retrocessos anunciados para o país, trabalhadores(as) da saúde em Minas Gerais realizaram Assembleia Geral para dar o recado: é com luta e mobilização que a categoria vai exigir o cumprimento do acordo do governo estadual. A Assembleia aconteceu na manhã desta terça-feira (11) na praça da Estação. Os(as) trabalhadores(as) definiram suspender a assembleia para receber o retorno do governo sobre a pauta geral. A negociação está marcada para o dia 21 de novembro. No dia 25 de novembro a categoria volta a se reunir em assembleia com paralisação. O encaminhamento aprovado pela assembleia mantém o estado de greve na saúde. Isso significa que se o governo não cumprir o acordo de 2016, a categoria poderá iniciar um movimento grevista na próxima assembleia.
A reunião com governo está agendada para o dia 21/11 ás 16 horas e discutirá a implementação da redução da jornada de trabalho para 30 horas, a revisão do plano de carreiras, dentre outros pontos da pauta de reivindicações. Durante a assembleia, os(as) trabalhadores(as) deixaram claro que não irão recuar e exigem o cumprimento do acordo de greve. O momento agora é de aumentar a mobilização para que o governo estadual tenha clareza da força dos(as) trabalhadores(as) da saúde.
Além da negociação no dia 21, a direção do Sind-Saúde informou à categoria que na próxima sexta-feira (18/11) terá a Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS com o secretário estadual de saúde, Sávio Souza Cruz.
O remédio é a luta
O momento político brasileiro tem reforçado a importância de lutar por direitos e resistir contra os ataques conservadores. Após a assembleia, os(as) servidores(as) da saúde se uniu aos trabalhadores de outras categorias e das ocupações estudantis. A manifestação, que aconteceu em conjunto com diversas capitais, é um grito alto contra a PEC 55, conhecida como PEC do Fim do Mundo/ PEC da Morte, que congela por 20 anos os salários dos servidores e recursos na saúde e educação. Na prática essa PEC poderá representar a morte do SUS. Em uma cena de resistência, milhares de pessoas marcharam pelo centro de Belo Horizonte, passaram pela Praça Sete e seguiram para Assembleia Legislativa, onde acontecia uma audiência pública para discutir o desmonte do Estado brasileiro, que o governo, golpista, Temer rasga a nossa constituição cidadã.