Carta aberta à população
Carta aberta à população
Lamentamos o transtorno que, eventualmente, a greve dos trabalhadores da saúde – iniciada no dia 25 de abril de 2016 – possa trazer à população. Por outro lado, oferecer a esses trabalhadores condições de trabalho e salário, é o dever do governo estadual enquanto gestor do sistema único de saúde (SUS). Nesta oportunidade juntamos nossa voz à do povo mineiro em defesa de um SUS cada vez mais forte e eficiente na busca pela promoção e assistência à saúde de todos os brasileiros.
A luta dos trabalhadores da saúde vem ao encontro dos anseios da população quanto à busca por qualidade do atendimento prestado pelo serviço público. Nossa pauta de reivindicações, encaminhada ao governo de Minas, solicita a implantação do plano carreira, redução da carga horária de trabalho, tabela salarial digna e melhores condições de trabalho. Além disso, exigimos nomeação imediata dos concursados por acreditarmos que servidores efetivos são a garantia da implementação das políticas públicas com qualidade e compromisso.
No entanto, mesmo tendo se comprometido em atender a pauta encaminhada, o governo de Minas mostrou-se intransigente quanto às negociações o que nos motivou a iniciar greve – último recurso adotado pelos trabalhadores.
Assistimos nos últimos meses ao aumento pela busca de atendimento no SUS, o que pode ser atribuído à crise econômica vivida e sentida por todos, porém, esse sistema – cujas bases estão fincadas nos movimentos das ruas do final da década de 80 – destina-se a todos os cidadãos independente de sua classe social. Portanto, ponderamos com a população de Minas Gerais que dotar o SUS de uma boa estrutura é a garantia de atendimento adequado e, dessa forma, tratar os servidores estaduais da saúde com respeito é algo que o governo deve fazer para fortalecer a estrutura da saúde pública.
Contamos com a compreensão de todos e esperamos que esse justo movimento em defesa do trabalho de quem cuida da saúde dos cidadãos e cidadãs mineiros, e ajuda a construir o SUS, sensibilize o governo para as nossas reivindicações.