Dia de luta em Betim

Frente às ações da Prefeitura, trabalhadores(as) da saúde se mobilizam para fortalecer campanha salarial 2016, contra o fechamento das unidades e em defesa do SUS.

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Terça-feira de luta em Betim! Trabalhadores e trabalhadores da saúde se reuniram nessa manhã, na Praça Brasileia, onde realizaram assembleia para definir os rumos da campanha salarial 2016, denunciar o fechamento e o desmantelamento das unidades no município, além de fortalecer a contínua defesa do Sistema Único de Saúde.

Durante a Assembleia, foi discutida a realidade atual de Betim, com o fechamento de unidades de saúde. O Sind-Saúde ressaltou a importância de seguir denunciando o impacto dessa ação, não só para Betim, mas também para os munícipios em torno. “É um desmonte da saúde pública, é preciso dar visibilidade ao que estamos passando.”

A Prefeitura de Betim alega calamidade financeira em um município com a 4ª arrecadação do estado. Para os trabalhadores(as) é evidente que o governo quer jogar para as costas da população e do serviço público o custo dessa “crise”. A contradição é que outros custos como com a câmara municipal não sofreram nenhum impacto. Os salários e benefícios de vereadores, prefeito, vice-prefeito, além dos comissionados e apostilados criados nesse governo Carlaile, representam um rombo no orçamento municipal. Só os custos com prefeito, vice, vereadores e secretários, por ano, ultrapassam mais de R$ 20 milhões.

Diante desses números, o Sind-Saúde, junto à população e movimentos de Betim convocam a todos(as) a assinar um abaixo assinado, com o objetivo de reduzir o gasto público  com benefícios do alto escalão do governo.

Organizar para mudar

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As vozes da Assembleia reafirmaram que a única saída é a organização dos trabalhadores(as), superando inclusive o medo de se mobilizar, frente a tantas ameaças da Prefeitura, como corte de direitos e demissões.

Todos concordaram que os servidores não podem pagar por essa crise e que é necessário defender tudo que foi construído pelas mãos dos trabalhadores ao longo desses anos. “Precisamos resgatar nossa história, o SUS. O prefeito precisa receber um atestado de incompetência, já que não  tem capacidade de gerir os interesses públicos”, afirmou uma das servidoras.

Outro ponto debatido é a importância de construir essa luta junto à população de Betim, fortalecendo uma mobilização em que servidores e usuários possam se unir para defender o direito à saúde.  Será elaborada uma carta aberta à população, além de uma carta relatando a situação ao Ministério Público.

A próxima assembleia foi marcada para o próximo dia 30 de março.

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Outras atividades de luta

Além da assembleia, os trabalhadores(as) também realizam paralisação de 12 horas nessa terça,  em protesto às ações da Prefeitura contra a saúde pública. Neste dia também, o Sind-Saúde – Núcleo Regional Betim – acompanhou uma comissão de vereadores (Eutair dos Santos, Antônio Carlos, Daniel Costa) e deputados estaduais (Marília Campos, Geraldo Pimenta, Ricardo Faria), que visitaram a Maternidade Municipal e o Hospital Regional. Com a visita, o Sind-Saúde denunciou aos representantes políticos os graves impactos do desmantelamento da saúde pública. Além disso, denunciar também as condições estruturais a que estão submetidos os trabalhadores e população.

Às 15h30 de hoje também será realizada audiência no Ministério Público do Estado, com o promotor Gilmar de Assis, para denunciar a situação de Betim.

O Sind-Saúde alerta para a necessidade de mobilização e luta neste momento de retirada de direitos. É hora de buscar todas as vias para resistir a essa ofensiva da Prefeitura e garantir o fortalecimento da nossa saúde pública. População e trabalhadores(as) juntos(as) nessa mobilização!