Em defesa do SAMU
Audiência vai discutir risco de terceirização do serviço na RMBH
Os questionamentos, dúvidas e criticas sobre o recém criado Consórcio entre municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) poderão ser feitos durante a audiência pública marcada para quinta-feira da próxima semana (01/08) que debaterá o tema. Essa é a expectativa do Sind-Saúde/MG e Núcleo Regional Betim que solicitaram a intermediação do Ministério Público nesse convênio entre as prefeituras. O risco que o Sindicato alerta é sobre a terceirização, a manutenção da qualidade do serviço e da valorização dos servidores.
A audiência convocada pelo Consórcio Intermunicipal Aliança para a Saúde (CIAS) é um cumprimento ao Termo de Compromisso firmado com o Ministério Público de Minas Gerais, através da promotoria de Justiça e de Defesa da Saúde de Belo Horizonte.
O Sind-Saúde/MG também questiona a constitucionalidade da intervenção no SAMU. o que está acontecendo é que o CIAS foi concebido em uma perspectiva de prestar serviços de saúde e o que ele está fazendo nesse momento é substituindo o serviço já existente do SAMU. O CIAS irá substituir a regulação que já existem em Belo Horizonte e Contagem e vai criar uma única regulação de toda a região Macrocentro de BH.
Os trabalhadores do SAMU de Belo Horizonte, Betim e Contagem foram surpreendidos por um edital de processo seletivo simplificado feito pela Fundep para o SAMU dessas cidades e de mais cidades da Região chamada “Macrocentro”. Os trabalhadores procuram informações sobre o que significa esse edital e juntamente com o Sindicato tem procurado outras informações corretas sobre o CIAS e sobre o futuro do SAMU.
Vejam outros pontos que o Sind-Saúde e demais sindicatos questionam:
- O SAMU pode não chegar a tempo para atender as pessoas, uma vez que terão que atender a uma grande extensão territorial e, com o transito da cidade cada dia mais caótico, essa tarefa torna-se praticamente impossível;
- Hoje, o SAMU conta com servidores concursados e bastante capacitados para o atendimento rápido e eficiente à população. Com a nova gestão, o treinamento dos novos profissionais poderá ser comprometido;
- Os salários praticados pelo consórcio serão bem menores e com uma carga horária ainda maior. O que acarreta em enormes perdas para os trabalhadores;
- O SAMU pode deixar de ser uma política pública, uma conquista para a população e não podemos permitir que isto aconteça.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Data: 01 de agosto de 2013
Horário: 9 horas,
Local: Rua Rio de Janeiro, nº 471, 24ª Andar – Centro, BH