Servidores da Cidade Administrativa conquistam prorrogação da redução da jornada de trabalho e reivindicam universalização do direito

Em virtude da pressão dos trabalhadores e sindicatos, na última sexta (01) foi publicada a prorrogação da redução da jornada de trabalho de grande parte dos servidores lotados na Cidade Administrativa de Minas Gerais (CAMG). Os servidores efetivos e com função gratificada 1, 2, 3, 4 ou 5 e os de provimento em comissão DAD-3 e DAD-4 trabalharão 6 horas diárias até o dia 31 de dezembro de 2011. Porém, muitos trabalhadores que por definição das chefias imediatas não foram contemplados pelo decreto anterior, continuarão trabalhando 8 horas por dia.

O decreto nº 45.627 foi publicado no Diário Oficial com base nas leis nº 18.710/2010 e nº 19.379/2010. Clique aqui para lê-lo na íntegra.

 

Pressão

Os servidores em exercício na nova sede do governo de Minas montaram no início do ano a Comissão “6 horas já” para coordenar manifestações e cobrar negociação. Sind-Saúde, SindUTE, Sindifisco, Senge, Sisipsemg, Sintder, Sindados e CNTSS participaram das reuniões e auxiliaram o movimento.

Vários ofícios foram entregues à secretária de planejamento e gestão, Renata Vilhena solicitando reuniões para tratar dessa pauta específica sobre a redução da jornada. Porém, não houve retorno. Diante dessa falta de negociação, centenas de servidores participaram de atos no local e de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que discutiu os problemas enfrentados na CAMG. Nessa audiência, realizada no dia 09 de junho, os deputados da base do governo, assim como a intendente da Cidade Administrativa, Kênnya Kreppel, se recusaram a ouvir os servidores que lotavam o plenário.

Veja, logo abaixo, o vídeo do momento em que os deputados e a intendente se retiram da audiência. E clique aqui para ler a matéria publicada no dia do evento: “Em audiência que era para ser pública, servidores e sindicatos denunciaram problemas da Cidade Administrativa”.

Nova luta: 6 horas em definitivo e para todos

Se não fosse a pressão dos trabalhadores e dos sindicatos, dificilmente o governo iria prorrogar o decreto. Após essa conquista, agora a luta é para que a redução da jornada de trabalho se estenda para todos os servidores da CAMG e em caráter definitivo. Todos que foram transferidos para a nova sede sofrem – e continuarão sofrendo – com o tempo perdido no trânsito, longas distâncias a serem diariamente percorridas no local de trabalho, problemas infraestruturais, poucas opções de alimentação e muitos outros problemas.

A redução da jornada para 30 horas semanais é, inclusive, uma das principais pautas de reivindicação do movimento grevista dos trabalhadores da saúde de Minas. O Sind-Saúde entende que essa redução melhoraria em muito a qualidade de vida dos servidores, possibilitando-lhes tempo para estudar, cuidar da família e divertir.