Uso de droga no HGV

Pacientes levam drogas para dentro do hospital e ameaçam o trabalho dos servidores

09-reunião galba segurança

 

 

A situação recorrente de uso e venda de drogas dentro do Hospital Galba Veloso (HGV) levou os servidores da unidade se mobilizarem e exigir providencia da Fhemig. O Sind-Saúde/MG se reuniu com os trabalhadores nesta segunda-feira (09/03) no auditório do hospital para traçar as estratégias para reivindicar as mudanças necessárias. A falta de segurança expõe os trabalhadores uma série de riscos rotineiros que tem levado a diversos problemas relacionados ao trabalho. O prazo estabelecido pelos servidores para Fhemig apresentar solução é de 30 dias.
A diretora do Sindicato, Lúcia Barcelos, procurou a direção da Fhemig para pedir soluções. O Sind-Saúde também acionou o Ministério Público para buscar a resolução urgente dos problemas.
Veja a matéria publicada pelo jornal O Tempo sobre o ocorrido:

 

 

GALBA VELLOSO
Servidores criticam insegurança e uso de drogas no Galba
Funcionários de ortopedia dizem não haver segurança

ALINE DINIZ

Funcionários da unidade ortopédica do Hospital Galba Velloso, localizado no bairro Gameleira, na região Oeste da capital, se reuniram nesta segunda com a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Maria Lúcia Barcelos, para buscar soluções para a falta de segurança enfrentada pelos servidores dentro da unidade de saúde. Técnicos de enfermagem contaram à reportagem de O TEMPO que recebem ameaças de morte e que, mesmo internados, os pacientes usam e vendem maconha e cocaína dentro da unidade de saúde. “Nós não podemos falar nada, às vezes eu preciso deixar o quarto por causa do cheiro da maconha. Eles cheiram cocaína no banheiro”, relatou um técnico de enfermagem, que pediu para ter o nome preservado.

Também sob anonimato, uma funcionária da unidade, de 33 anos, relatou que os entorpecentes entram com o paciente no momento da internação ou são levados pelas visitas. A servidora – que já trabalha no local há mais de três anos – informou que a situação piorou em novembro de 2014, quando as visitas passaram a ser diárias. Antes, parentes e amigos só podiam comparecer ao local três vezes na semana. “Não tem revista na entrada. Eles (pacientes) nos desacatam e usam drogas até deitados nos leitos, e a gerência não toma atitude”, relatou.

Outro servidor, de 32 anos, explicou que os funcionários têm medo de chamar a Polícia Militar (PM) por causa de represálias. “Precisei mudar o ônibus que pegava depois que um paciente me ameaçou. Eles guardam nossos rostos e nós temos família”, disse o homem, sob anonimato.

Prazo. No encontro, os servidores decidiram que se o poder público não melhorar a segurança na unidade em 30 dias, as equipes não assumirão os plantões. “Amanhã (nesta terça) o sindicato encaminhará um documento para a presidência da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, para o secretário de Saúde e para o Ministério Público”, informou a diretora do sindicato.

Ainda de acordo com Maria Lúcia, um posto policial já havia sido prometido para a unidade, entretanto, nunca foi instalado. Na próxima quarta-feira, haverá nova reunião no Galba Velloso, com a direção da Fhemig.