Trabalhadores e controle social vencem. CMT fica.
Mobilização de trabalhadores e controle social consegue vitória. Prédio do CMT fica!
Trabalhadores do Centro Mineiro de Toxicomania (CMT) e do Hospital Infantil João Paulo II (antigo CGP) receberam aliviados hoje (09/07) a notícia de que o prédio do CMT não será mais transferido para o Hospital Semper. A informação foi repassada por representante da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), senhor Fernando, chefe de gabinete da presidência. Ele apresentou documentos certificando que a Fhemig estava suspendendo a transação. A assembleia contou com a presença da representante do Conselho de Saúde do Hospital João Paulo II, senhora Elisa.
Conforme anunciado pelo ex-gestor da Fhemig, Tarcísio Dayrell, o governo cederia o prédio à iniciativa privada em troca de reforma no valor de R$ 1 milhão no prédio do Centro Psíquico de Adolescência e Infância (Cepai). A negociação foi condenada pelo próprio conselho gestor da Fhemig, na época que a informação foi divulgada pela presidência. E recebeu o repúdio do Sind-Saúde e conselhos de saúde: do Hospital João Paulo II, municipal e estadual, em reunião realizada no dia 29 de junho passado, realizado no antigo CGP.
Diante do chamado aos trabalhadores para a realização da assembleia hoje, a presidente da Fhemig chegou a solicitar ao Sindicato que cancelasse a assembleia porque o problema havia sido solucionado. A gestão foi lembrada de que, uma vez convocada, uma assembleia de trabalhadores não pode ser desmarcada pelo Sindicato. Foi sugerido à Fhemig que enviasse um representante à assembleia para dar as informações diretamente aos trabalhadores, o que prontamente acatado pela presidente, senhora Vânia Melo.
O Sind-Saúde reafirma sua luta em defesa dos trabalhadores da saúde que compreende as condições dignas de trabalho que deve ser realizado em locais adequados e salubres. Ressalta que o patrimônio público da saúde, constituído por edifícios e equipamentos, é inalienável, devendo ser preservado e mantido pela gestão do Estado.
O Sindicato considera absurda e descabida qualquer solução para a crise financeira do Estado que aceite negociar o que é inegociável, os equipamentos públicos de saúde, duramente conseguidos ao longo de décadas, em troca de soluções precárias e arriscadas com a iniciativa privada.
Resultado, mais uma vez, da luta e organização dos trabalhadores e do Controle Social do SUS, o prédio do CMT ficou. Parabéns a todos os que participaram deste grande momento.
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