Trabalhadores da Unimontes estão parados

Servidores da Unimontes divulgam carta aberta à população de Montes Claros para esclarecer as razões da paralisação das atividades por três dias (16, 17 e 18/07).

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Recebimento de apenas 30% do salário e impedimento de assistência médica por meio do Ipsemg – pela qual os trabalhadores têm o valor da mensalidade/participação descontado mensalmente nos salários – estão entre as causas do protesto. Servidores do setor saúde do Campus e do Hospital Universitário (HU) deliberaram pela paralisação em assembleia organizada pelo Sind-Saúde. Leia a carta na íntegra, abaixo:  

 

ALERTA Não se deixe enganar!

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO O SUS (Sistema Único de Saúde) é para todos!

Todos têm o direito de utilizar.

A UNIMONTES, Instituição Pública, por meio da Hospital Universitário Clemente de Faria – HUCF – do Centro de Atendimento Especializado Tancredo Neves – CAETAN – da FAMED e do Campus Universitário oferece serviços de saúde e educação, exclusivamente e gratuitos à população. Essas unidades de atendimento, que são de grande importância na prestação de serviços de assistência à saúde para a população montes-clarense e toda a região Norte, enfrentam grandes dificuldades financeiras para manter o seu funcionamento de qualidade.

O Governo do Estado de Minas Gerais tem atrasado o repasse financeiro para subsidiar importantes programas como REDE CEGONHA, CAGEP, REDE-RESPOSTA, PRO-HOSP dentre outros, que garantem um atendimento de qualidade à população. Estes atrasos vêm comprometendo a segurança dos serviços prestados pelos servidores públicos. As crises, financeira e política, do Estado de Minas Gerais são gravíssimas e estão afetando também as condições de trabalho dos servidores da Unimontes, uma vez que estão enfrentando a falta de aquisição de insumos, medicamentos e outros materiais médico-hospitalares imprescindíveis para a realização de procedimentos dos mais simples aos mais complexos e o funcionamento das unidades.

Tendo em vista esta situação, os servidores em assembleia, através do SINDSAÚDE, decidiram que a população de Montes Claros e região deveria ser informada de que, além dos recorrentes atrasos nos pagamentos a fornecedores, o Governo de Minas Gerais vem atrasando, parcelando sem definição de escalonamento os pagamentos dos servidores e, por consequentemente, comprometendo de forma geral o pagamento das obrigações e compromissos dos servidores em dia, gerando inadimplência e risco a subsistência das suas famílias.

A situação piorou, com o comunicado de que os valores das parcelas atrasadas seriam reduzidos. A situação tornou-se insustentável com o cancelamento do atendimento via Ipsemg em todos os laboratórios da cidade, alguns hospitais, vários consultórios médicos, odontológicos e clínicas, porque o Governo, apesar de descontar mensalmente os valores da contribuição mensal e de coparticipação, não repassou o dinheiro ao Instituto.

Sem condições de trabalho, sem receber o pagamento integral e sem assistência médica e hospitalar, os servidores da Unimontes definiram, em assembleia realizada no dia 12 de julho, paralisar as atividades nos dias 16, 17 e 18 de julho. Pleiteamos tratamento com equidade, isonomia e respeito aos servidores da Unimontes, uma vez que servidores da FHEMIG, Segurança Pública e HEMOMINAS receberam tratamento diferenciado quanto ao pagamento. Caso contrário a greve geral iniciará até que sejamos incluídos neste grupo.