TCE recebe sindicatos
Sindicatos questionam lista apresentada por TCE que suspendeu salários dos servidores e reivindicam pagamento imediato; presidente em exercício disse que Tribunal não pediu a suspensão
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) admitiu que a lista de suspeitos de acumularem cargos irregulares pode de fato ter erros e que não há motivos para suspender o pagamento dos salários dos servidores. A afirmação foi dada em reunião com representantes de sindicatos do funcionalismo na tarde desta segunda-feira (14/05). Os sindicalistas suspeitam que os dados podem ter sido gerados sem considerar, por exemplo, os efetivados da Lei 100. Além disso, as informações que deram origem a lista são referentes a janeiro de 2015, desatualizado com checagem de aposentadoria e mudança de vínculo tão natural na área da educação e saúde. A reunião aconteceu com o presidente em exercício do TCE Mauri Torres, acompanhada pelo deputado estadual Rogério Correia (PT).
Os sindicalistas afirmaram que não defendem acúmulos de cargos irregulares, mas que a ação desastrosa de noticiar a lista sem confirmação dos dados faz com que todos os servidores se tornem culpados até que provem sua inocência. Para o Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde) a lista oculta gera um clima de apreensão na categoria que não tem tranquilidade de ter conhecimento sobre a data de pagamento. Os setores de educação e saúde, que detém as piores remunerações do Estado, estão entre as categorias mais prejudicadas com a lista.
Para a presidenta da CUT-MG e coordenadora do Sind-UTE Beatriz Cerqueira se o levantamento não considerou os números da lei 100, por exemplo, é indícios para erros graves na lista. Segundo ela, em 2015 – ano que os dados foram mensurados – o governo criou novos cargos para os servidores que foram efetivados. Se a lista não considerou estes trabalhadores, 78 mil cargos podem estar em duplicidade por erro nos dados.
O Jornal O Tempo publicou também nesta segunda uma matéria que afirma que técnicos do governo apontam erros em 99% da lista do TCE. O jornal diz que “de acordo com fontes do governo de Minas ouvidas pela reportagem, é possível que, dos 96 mil nomes de servidores do governo apontados pelo TCE como casos de acumulação ilegal de cargos, apenas 1% esteja, de fato, irregular.” Uma fonte da matéria afirma que 80 mil servidores da educação e mais de 6 mil da saúde foram apresentados com acúmulos de cargos. Leia a reportagem na integra aqui
Exigindo o pagamento imediato dos salários, o Sind-Saúde, Sind-UTE e Sisipsemg convocam a categoria para ato unificado na próxima quarta-feira (16/05) às 09 horas na Praça da Liberdade. Participe!