Servidores do Hospital Cristiano Machado denunciam sobrecarga de trabalho e assédio moral
Em uma assembleia lotada de trabalhadores no Hospital Cristiano Machado (HCM), em Sabará, nesta terça-feira (15/07), a categoria se revoltou contra a sobrecarga gigantesca de trabalho e também relataram vários episódios de assédio moral. Os trabalhadores responsabilizaram a administração central da Fhemig pela falta de profissionais, já que a unidade ficou de fora das opções de escolha para locação dos novos concursados. Os servidores temem ainda que a situação, que já é crítica, possa piorar com a proposta de parametrização que a Fhemig parece querer implementar. Sem comunicado oficial, circula nos corredores as reuniões dos gestores para aumentar o número de pacientes assistido por cada profissional da saúde. Para barrar esse colapso na assistência, os trabalhadores do Cristiano Machado irão realizar uma manifestação em frente a unidade no dia 23 de julho (quarta) às 9 horas. O Sindicato convoca os servidores do HCM para mostrar a gestão que a categoria não aguenta mais tanto descaso.
Os relatos de sobrecarga de trabalho não são apenas da equipe de enfermagem e vem também de parte dos administrativos e técnicos em farmácia, com relatos de sobrecarga e de um assédio moral enorme dentro do setor.
Outro agravante que os trabalhadores enfrentam é a falta de estrutura para o novo perfil de pacientes que o Hospital tem recebido para reabilitação. Pacientes psiquiátricos não recebem acompanhamento necessário de psiquiatra dentro da unidade, já que o profissional atende quinzenalmente. Ainda assim, os intervalos podem ser maiores quando falta de transporte para deslocamento.
A diretora do Sind-Saúde Luciana Silva informou aos trabalhadores sobre o processo de impedir a entrega da gestão do hospital para as chamadas Organizações Sociais (OSs) de direito privado. Luciana parabenizou o trabalho do departamento jurídico do Sindicato que atuou firmemente para barrar a transferência do hospital para a iniciativa privada.
Adoecimento geral
A grave situação tem gerado outro quadro preocupante: o adoecimento mental e físico das equipes do hospital. Além disso, trabalhadores também denunciaram casos de agressão a profissionais.
Diante de tantos relatos de sobrecarga adoecimento e assédio moral o Sind-Saúde solicitou reunião com a Administração central, direção da unidade e os trabalhadores de cada setor da unidade.